Wednesday, February 24, 2010

coisas de que gosto no feminino

um poema
Não voltei a esse corpo; e não sei
se aqueles que o vestiam antes e depois
de mim souberam nele o verdadeiro calor
e lhe conheceram os perigos, os labirintos,
as pequenas feridas escondidas. Não voltarei
provavelmente a sentir a respiração
palpitante desse corpo, desse lugar onde as ondas
rebentavam sempre crespas junto do peito, do meu peito
também, às vezes.
Uma noite outro corpo virá lembrar essa maresia,
o cheiro do alecrim bruscamente arrancado à falésia.
E eu ficarei de vigília para ter a certeza de quem me
recolheu,
porque os cheiros tornam os lugares parecidos, confundíveis.
Quando a manhã me deixar de novo sozinha no meu quarto
trocarei os lençóis da cama por outros, mais limpos.
[Maria do Rosário Pedreira]
.
um livro

um filme



um sentimento

uma musica

um texto

não respondo aos dias sem alvoroço, aos dias de ninguém. com um ar absorto, deixo o incómodo que consome essas manhãs. tudo acontece num tempo hostil, cheio de movimentos, onde a chuva ácida caminha lado a lado com a minha presença, em sonhos vindos dum fruto, derramando uma luz inconsistente. o cansaço aliado às mil exaltações inquietas, numa aventura de voltar a colher flores, ver de novo os pássaros prometerem dar vida às árvores, que teimam morrer, na clara afirmação extrovertida de promessas de vida.a lucidez do olhar atravessa a distância e espera o bater duma porta. [Lena Maltez]

Monday, February 22, 2010

o "as velas ardem sempre até ao fim" faz 4 anos!


Parabéns a Vocês que aqui passam e me mantêm a arder !
O Velas é um pequeno pedaço da nossa conversa infinita, sem as convenções diárias do adeus ou dos beijos virtuais porque do dicionário da amizade não constam as palavras obrigação ou despedida.

Friday, February 19, 2010



Vestimos camisolas negras para ir ao enterro do outro
e um ano depois já nem nos lembramos da cara do outro.
Vestimos camisolas negras porque, graças a Deus, não vamos ao nosso enterro,
mas simplesmente assistir à cerimónia da lembrança da Morte.
E é assim que se vive, porra. C'est comme ça, merde.
A gente depena-se de preto, solta negritudes penas, de branco fica mal,
de branco nasce-se. De branco fornica-se.
Jamais de noir.
(Não sorrias...não sorrias...és tu o próximo do lado de fora observando
os outros observando-te.)
E é assim que se morre. Que se falece. Fenece. Caindo em túrbido esquecimento.
Quem se lembrará ainda do rosto do outro?, o morto? Ninguém, por Deus, nem eu.

[Lembrança-xangri_lah]

Sunday, February 14, 2010

este texto é resultado da febre que tenho desde ontem

o silêncio está a fazer muito barulho.
ouço o silêncio. estou sozinha.

shiuuuuu....nenhum ruído.

devo esconder me??sim para ele não me apanhar para sempre!

ao longe ouço um telefone que toca ...mas o meu está desligado.

será que é na minha cabeça que passam músicas?

ai, é...é.e muitas. de muitos ritmos.

dor de cabeça.

sendo assim escondo me!

Friday, February 12, 2010

Não nos podermos fechar em redomas com medo do frio da vida, sob pena de não percebermos o que é o calor.
[valter hugo mãe]

(ler a entrevistado escritor toda aqui)

Tuesday, February 09, 2010

let's dance!


para quem não gosta de chuva

até custa dizer...

que vou aproveitar a chuva que cai lá fora!

tentar brincar com a sorte
pode ser a melhor parte de minha vida.

o ser feliz e não sabia

dizer o que tiver que ser dito.

quero ter melhores momentos,

outra vez.

imagino uma dança,

em que tento não errar o passo

para não perder o ritmo...

saltar

transbordar

sentir.

como uma dança boa!

o que tiver que ser...

os sentimentos são engraçados,

as diferenças estão nas intensidades
até mesmo os desejos têm suas peculiaridades.

Sunday, February 07, 2010

Conhecer_Miguel Esteves Cardoso


Nunca vou ao fim das coisas. Tudo começa. Nada acaba. Eu não deixo. No meu sonho, tudo continua, tudo se repete, mesmo que seja preciso interrompê-las de vez em quando. Tenho medo que acabem. Porque é que se hão-de levar as coisas ao fim?

Amo o incompleto, o suspenso, o atravessado, o interrompido. Os fins entristecem-me. Viver as coisas até ao fim é matá-las.

E trocá-las por outras novas é traí-las. Melhor trazê-las sempre, duvidosas e imprevisíveis mas ainda gostadas e presentes.

Se acabo um livro, sinto-me derrotado, fico deprimido, queria que continuasse, e não continua. Reler não é a mesma coisa. Lembrar não é tão bom como viver. Mas é melhor do que matar. Repugna-me a ideia das relações humanas que se «esgotam». Faz lembrar esgotos. Como se um sentimento se pudesse despachar. É preferível abandonar a pessoa que se ama e guardar o amor que se tem por ela a segui-la até à saciedade.

As pessoas namoram e ficam casadas até se odiarem. Os amigos convivem de mais e começam a chatear-se. As famílias passam tempo de mais juntas, até descobrirem todos os defeitos de cada uma. Dir-se-ia que as pessoas não suportam ter o coração dependente e então cansam- -no propositadamente, para se verem livres do sentimento verdadeiro e bom que sentiam.

Porque é que as pessoas que querem ser livres, independentes e tudo o mais, são aquelas que mais mal aguentam a solidão? Porque, para o mal e para o bem, habituaram-se a uma companhia constante. Não percebem que as saudades, os desejos nunca realizados, os sonhos que ficaram suspensos, são a melhor companhia (embora também a mais triste) que se pode ter?

Nunca se deve conhecer nada a fundo. Não falando na pretensão de pensar que se pode conhecer. Quando se diz «Conheço-o como as palmas das minhas mãos», há sempre uma insinuação feia e negativa. As pessoas, quando estão tristes ou mal-dispostas, não deveriam expor- -se. É uma falta de respeito pelos outros.

Deve-se ser turista nas coisas do amor. Conservar o deslumbramento. Fechar os olhos quando desmorona a fachada. A intimidade verdadeira é partilhar a descrença na ilusão. Um navio visto ao longe. A lua. Os microscópios são detestáveis. Quem quer conhecer os segredos da casa das máquinas ou a superfície das estrelas? Não é por se estar mais próximo que se está mais próximo da verdade. A verdade é aquilo em que acreditamos.

Quem acredita ainda na distinção entre conhecimento e fé? Porquê provocar, remexer no passado, fazer perguntas? É como se as pessoas quisessem destruir o que as comove. É esse o sentido da frase de Wilde, que cada pessoa mata aquilo que ama. E tudo o que ele diz sobre a superfície é profundo. Não é só horrendo saber a «verdade» sobre James Dean ou Marilyn Monroe " é um engano arrogante. As coisas também se percebem, também se amam, à distância.

Para mim, as fotografias de Inês Gonçalves é que são Portugal. Não são as reportagens e as notícias. E não admito que me chamem romântico. Eu sei que por trás daquele miúdo ou daquela árvore há não sei quê e não sei que mais. A Inês também sabe. Por isso é que fotografa como fotografa. Entre o que vê e o que fotografa vai a distância que eu admiro e, não só isso, sei que vai ficar. Entre ser esclarecido e ser iluminado, não há diferença. Mas, se houvesse, eu prefiro ser iluminado. Prefiro a revelação ao registo. Não me custa nada dizer que as fotografias da Inês são o «por trás» do «por trás», já que mostram a alma portuguesa fora do tempo e das circunstâncias, mas, ao mesmo tempo, sem mentir, dentro delas.

Gosto de tudo a que chamam «cerimónia» e «boa educação». Odeio-me quando cedo a ler biografias de escritores que admiro. Tenho a certeza que a chamada «face» pública, que é a obra, que é o rosto que mostram, é não só mais bonita como mais verdadeira que as pesquisas arqueológicas que tencionam revelar o lado particular com a ideia de que esta está escondida, é clandestina, e deita luz sobre o que já se sabe. Com o tempo, o que é que fica da vida de Platão ou de Camões? O que é que interessa?

Mas as pessoas não devem aguentar o amor, porque, mal amam, logo procuram destruí-lo com a falsa noção do conhecimento. É a mania dos «bastidores». Que interesse podem ter os bastidores duma pessoa ou de uma peça de teatro? O que é que tem a tecnologia do cd a ver com a música? O sistema de canalização de uma casa? Uma ecografia? Não completam nada. São outras coisas separadas.

Em boa verdade, eu não sei por que é que um pássaro voa, nem quero saber. Voar já é tanto. Explicar o voo morfologicamente é reduzi--lo, é fazê-lo aterrar. O que é banal para o pássaro tem de continuar a ser maravilhoso para nós. Walt Disney é uma coisa. A biologia e as técnicas de animação são outras.

Gosto das primeiras impressões, sobretudo quando se vão repetindo ao longo dos tempos. Odeio e evito as descobertas, género «Descobri que Fulano era afinal um malandro». Este afinal, com o seu tom peremptório e arrogante, como se fosse possível definir definitivamente um ser humano, irrita-me. É um acto de amizade não estar sempre a vasculhar e a reinterpretar os amigos. Toda a gente sabe que as pessoas são polifacetadas " mas porque não restringirmo-nos à faceta que conhecemos de que mais gostamos?

A vida é muito complicada e o nosso coração precisa de simplificá--la, sem ter medo de se «enganar». É preciso resistir à curiosidade e à arrogância.

Conhecer deveria ser só o primeiro passo.

Friday, February 05, 2010

coisas que gosto

uma musica


um poema

Deixei a luz a um lado e numa beira
da cama em desalinho me sentei,
sombrio, mudo, os olhos imóveis
cravados na parede.
Que tempo estive assim? Não sei; ao deixar-me
a horrível embriaguez da dor
já expirava a luz, e na varanda
ria o sol.
Não sei tão-pouco em tão terríveis horas
em que pensava ou que passou por mim;
recordo só que chorei e blasfemei
e que naquela noite envelheci.

[Gustavo Adolfo Bécquer]

um livro



um texto meu


definitivamente não sei. não encontro os limites entre o meu espaço e eu, estamos longe, parece me que muito longe. afastados nos sentimentos. acho que já não me permito tentar ter compreensão.absoluta. tenho ossos, carne, boca, tenho desejos, medos e alguma coragem.pouco ou nenhum carinho. e porque me sobra alguma coragem, vou.a passagem a escorrer pelos meus dedos. mas não compreendo.
continuo a procurar. tipo subtilmente ou desinteressadamente.eu sou intermitente. sempre com sono dentro do corpo buliçoso. mutação. procuro e nela muitas sensações se afastam de mim como contradições. quero um tecto sobre a minha cabeça.absorver. quero um. mas eles caem à minha passagem.
sinto me essencialmente desconfortável dentro da minha cabeça. uma louca vontade de bater ao murro no mundo que não se cansa de andar à roda na minha cabeça. ainda tenho tanta coragem e, no entanto, que fazer com ela? no dia a dia, uso máscaras como ponto de apoio mas que mal chego a casa deito fora e limpo, não, melhor ainda, esfrego a cara até ficar vermelha e me conseguir ver.a fragilidade em choque com a força.
um dia,serei capaz de colocar a minha coragem bem dobradinha numa mala de viagem ou levo a mesmo na mão. logo vejo quando chegar a hora de partir.ou se calhar, deixo ficar arrumada e não vou a parte nenhuma.porque mexer com as pessoas por dentro é para os fortes.eu não sou forte.a mim, a indefinição.como um compasso de pernas tortas e indefinidas.
talvez não ter caminho é tê-lo concluido. talvez não ter caminho é tê-lo concluido. a repetição da frase conforta me. e eu preciso de conforto. de tortos caminhos sei eu.

um momento


uma frase

Não devemos ser escravos de um padrão, de uma época, de um costume. Aprendendo a pensar por nós mesmos, experimentamos a liberdade.

[Luiz Márcio M. Martins]

um filme



Uma cidade portuária no norte da Espanha, que há muito tempo voltou as costas ao campo e que se rodeou de indústrias que a fizeram crescer desproporcionalmente, alimentando a imigração e desenhando um horizonte de chaminés, sofre com seu isolamento quando seus estaleiros começam a ser fechados, deixando vários trabalhadores desempregados, à mercê de pequenas ocupações temporárias.Um grupo de homens todos os dias percorre as suas ruas, procurando as saídas de emergência. Entre eles, está Santa, um machão rebelde e auto-suficiente que se recusa a admitir o fracasso. Mas a verdade é que ele e seus companheiros, dos quais ele se torna uma espécie de líder, são perdedores completos, mergulhados no alcoolismo e em crises familiares.E como diz no filme, Santa, personagem interpretado por Javier Bardem, "a formiga é uma filha da mãe especuladora".

Wednesday, February 03, 2010

os estupidos somos nós?

O Fim da Linha
Mário Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa
Infelizmente e para não variar o Jornal de Notícias recusou se a publicar a cronica de Mario Crespo.O jornal declarou que não publicou o texto por este não estar conforme com as regras jornalísticas.Depois de ler o texto acreditam???
Mario Crespo , esse sim felizmente, não me surpreendeu, porque a sua dignidade e liberdade está acima de tudo e cessou a sua colaboração com o jornal.
A propósito deixo um artigo do Expresso de dia 3 Fevereiro porque recordar é viver!
Sócrates é uma ameaça à liberdade
Henrique Raposo
O "caso Mário Crespo" é apenas o último episódio de uma longa lista de factos que comprova uma coisa: José Sócrates é um político intolerante, que não sabe lidar com a liberdade.
Esta lista foi feita de memória. Uma outra pesquisa, mais apurada, será capaz de apanhar mais factos. Mas estes, por enquanto, chegam:
1. Se a memória não me falha, José Sócrates já processou nove jornalistas. Nove. Isto dá quase uma média de dois por cada ano de governação. Com estas acções judiciais, José Sócrates pretende intimidar toda a classe jornalística, forçando as pessoas que escrevem a fazer uma auto-censura permanente.
2. José Sócrates liga para as redacções e
berra com jornalistas .
3. Muitos assessores, e até ministros, ligam para as redacções para berrar com jornalistas. Há dois ou três anos, Silva Pereira telefonou a Mário Crespo. Se não me engano, Crespo disse que a discussão com Silva Pereira não foi menos feia do que a célebre discussão com Valentim Loureiro.
4. No trato com os jornalistas, José Sócrates é constantemente mal-educado. A
forma como tratou Judite de Sousa é inacreditável .
5. José Sócrates nunca responde a perguntas. Nem perante os jornalistas, nem perante os deputados. Ou seja, temos um primeiro-ministro que, de facto, nunca foi realmente entrevistado em mais de cinco anos de poder.
6. Numa famosa reunião entre José Sócrates e blogueres, a ligação em directo caiu. Nunca saberemos por que razão a ligação caiu. Mas sabemos que, antes de entrar na dita reunião, José Sócrates deu uma introdução filosófica sobre a
"liberdade respeitosa". Salazar, na tumba, aplaudiu.
7. A
revista "Sábado" fez este estudo . Elucidativo.
8.
José António Saraiva fez estas declarações. Nada aconteceu.
9. O desaparecimento do telejornal de Manuela Moura Guedes. Vamos dar de barato uma coisa: OK, Sócrates não teve nada que ver com o desaparecimento desse telejornal; uma estação de televisão teve apenas um colapso da inteligência e destruiu um dos seus programas mais famosos. Mesmo assim, há várias coisas inadmissíveis neste caso. Pela primeira vez na história da nossa democracia, um político transformou uma jornalista no seu principal adversário político. O PS, de forma "chavista", montou uma guerra a Manuela Moura Guedes. Depois, já com o JN6 encerrado, José Sócrates ainda jogou umas piadinhas sobre o assunto. Essas piadinhas, que revelam toda uma personagem política pouco recomendável, estão gravadas num vídeo que apanhou os minutos de conversa entre José Sócrates, Francisco Louçã e Judite de Sousa (antes da entrevista na RTP). Esse vídeo esteve disponível aqui neste site.
10. José Sócrates montou guerra ao director do jornal "Público", José Manuel Fernandes
Pensava que o tempo do lapis azul ja tinha acabado..afinal descobri que estou numa epoca bem pior!
A idade já me leva a não acreditar em coincidências.
E também não me considero estupida.
O melhor é ir reler o magnifico livro(1984) do George Orwell para me preparar para os tempos que aí vêm!

Tuesday, February 02, 2010


segundos,minutos,horas. mudam o hoje.que estão agora e não estão.um rosto novo.um rosto velho.às vezes nem rosto é. apenas pele.
segundos,minutos,horas.o tempo corre desenfreado.não sabe parar.e vários sonhos não se cumprem.
segundos,minutos,horas.que mudam tudo.companhia, solidão.alegria, tristeza.ilusão.é um acima e abaixo de caos e incertezas.
segundos,minutos,horas.viver e depois morrer.deixa o que nunca foi começado.o que não se disse.ou o que não se sentiu.deixar.
segundos,minutos,horas.em que somos jovens,belos...inteiros e vazios.
segundos,minutos,horas.passam sem que percebamos...
segundos,minutos,horas.já é tarde, já é cedo.já se foi...

Monday, February 01, 2010

estou assim

para a Maria

a vida em palavras simples
não tão simples como a vida
nem é simples procurar
simples palavras para uma vida
tão simples como a amizade
feroz como o sentimento
sem a moléstia de sofrer na dor
humildade no arrependimento
conhecer a simplicidade
no próprio sentido bom
não interessa a idade
de sentir tão sentido dom
na forma de um ser