
e espero por 2008! estamos quase lá....
Feliz Ano Novo!




veludo,






Saí, corri, desajeitada, abrindo caminho entre os passageiros, derrubando mochilas e sacos com embrulhos, o cabelo a cair a toda hora sobre o rosto, nem parei para olhar se aquela era a minha estação. Subi interminaveis degraus, atravessei um corredor estreito, cartazes anunciando telemoveis, marcas de roupas e cervejas, mais degraus, a respiração já ofegante quando finalmente a luz , o sobressalto, as pupilas a encolherem com a claridade inesperada, continuei correndo, segurandoa saia, longa, para não tropeçar, os olhos aos poucos habituaram se à rua, aos prédios, mas tudo me parecia estranho. Provavelmente a estação errada. Onde estaria??? Pensei em verfificar o nome da rua, para onde todos os dias vou, mas não houve tempo, a multidão aproximou se, pessoas que falam sem parar e eu??Eu tentava me desvencilhar de alguém que me abraçava, alguém que me puxava pela manga, eu tentava me desvencilhar, enquanto a multidão se espalhava pela rua. De repente, todos pararam e olharam para mim.Será que estou acordada? Claro que sim!

É quase madrugada e tento adivinhar caminhos e estrelas. A bem da verdade, perco me, às vezes. Abri a porta sem ruído e entrei, pé ante pé, na minha casa adormecida e sem ninguém. Em silêncio. Para não despertar a solidão.

acordo cedo
eu passo o tempo sempre a mil. sempre só e às voltas com problemas. deveria atentar nos fonemas,não só os puta-que-me-pariu que cuspo como um suspiro mas nos da outra boca que não sabe falar que não pensa .queria dizer obrigada mas quando tento sai "que se lixe!". queria dizer "eu te amo" e abro a boca "que se foda!".eu que devia medir as palavras digo-as tortas, inteiras e todas. fecho os olhos de impaciência. ando ...não encolho os ombros não ponho os cabelos paro lado porque são curtos .eu que quando me calo escorrego.em mim. o problema todo é sentir...
não sei o que dizer.a sério que não sei ... parece que tenho dupla personalidade( dsc mano) e dou cabo da cabeça dos outros e da minha, já fraquinha!detesto esta sensação, logo pela manhã, da cabeça a latejar....eu que ando bem, acho que sim sei lá... mas de repente dou por mim a gritar com a minha mãe e o meu pai sem saber porquê e com os olhos cheios de lagrimas.também é verdade que descarregamos nas pessoas de quem gostamos porque às outras nem damos essa confiança. mas estou a descarregar o quê??sei que este bloggue pode não ter muito interesse para os demais mas serve me de desabafo de mim própria...nem sempre é fácil caminhar o dia a dia.
"É costume, à noite, todas as boas mães, depois dos filhos estarem a dormir, inspeccionarem os seus espíritos e porem as coisas no seu lugar para a manhã seguinte, colocando nos lugares próprios muitas das coisas que andaram desarrumadas durante o dia. Se pudessem ficar acordadas (mas claro que não podem) veriam a vossa mãe a fazer isso e achariam muita graça observá-la, é muito parecido com arrumar gavetas. Vê-la-iam de joelhos, alegremente, espero, de volta de algumas das vossas alegrias, pensando onde teriam ido descobrir aquilo, fazendo descobertas muito agradáveis e outras menos, apertando isto contra o rosto como se fosse um gatinho e afastando, apressadamente, outra coisa. Quando acordam de manhã, a maldade e as paixões ruins com que se deitaram foram dobradas e guardadas no fundo da vossa mente e, por cima, lindamente arejados, estão estendidos os vossos pensamentos mais bonitos, prontos para serem usados." 
A semana afigura se dificil e esperançosa...Sim, pode ser as duas coisas ao mesmo tempo...Não sei...Mas que gostava de ter o sorriso de hoje até sempre...gostava.
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Desde pequena que oiço para não mentir, arranjar desculpas para as minhas atitudes mas sim a ser verdadeira, franca e leal.Obvio é também dizer que já menti.Qual de nós não disse:"Que bem que te fica esse vestido"(não é bem assim...) ou "Não dá para ir fazer a caminhada, torci um pé"(estou tão bem no sofá...)???Estas atitudes, pouco louvaveis é certo, não têm como objectivo prejudicar ou humilhar e não tiram horas de sono a nenhum de nós porque não as premeditamos.Mas qual não é o meu espanto ao ler que existe na NET um espaço que diz ter desculpa para tudo.
Estes franceses chamam alibi ao produto que oferecem e tem um lema muito curioso.Passo a citar " Nas relações amorosas, profissionais ou sociais mentir é tão vital quanto respirar.Então, porque não fazê-lo bem?!"No minimo curioso...este elogio à mentira!
Este mundo de relações complexas e muitas vezes esvaziado de conteudo permite que se criem espaços deste tipo, em que se mente ou se forjam desculpas sem pensar em mais nada ou em ninguém. Por um preço que varia entre 19 € (provar com facturas falsas um jantar que nunca existiu) e os 120€ ( criar uma empresa virtual) oferecem um alibi criado à medida.
Depois de tudo isto fiquei a pensar que se calhar mentir não é pecado...O meu conceito de mentira diverge do que esta empresa oferece, parece me demasiado leve, a este tipo de mentira eu chamo lhes esquemas e estes para mim são imorais.
"A mentira até é necessaria ou o homem morreria de verdade" Ervin Goffman.
Se calhar mentir não é pecado...


Que fazer quando nada há a fazer?Que escrever quando nada há a dizer?
Hoje cubro-me de negro, pois de negro está o minha alma.De negro me visto para não contrariar o meu interior. Mas não é um negro qualquer. É um negro noite, ou negro carvão.É apenas um negro.
Que escrever quando não conseguimos mostrar tudo o que sentimos... nada há a dizer.Que falar quando nada sai da forma certa.É preciso mudar... nem sei o que sentir.
Eu tive sorte.O meu mail definia um novo percurso profissional mais aliciante.Mas não consigo rasgar um sorriso.Talvez porque a minha felicidade não seja alheia à tristeza dos que me rodeiam.
..."Ora eu sou teu irmão, nasci quando tu nasceste, e prefiro chegar ao juizo final contigo ao lado, na paz de uma fraternidade de raiz, a ter de entrar lá solitário como um lobo tresmalhado. ninguém é feliz sozinho, nem mesmo na eternidade."....[ontem deu me um vaipe e comprei este livro de contos na estação de metro Marquês de Pombal por €3,50, de capa branca e parda, igual ao que li quando tinha 15/16 anos e ficou em casa dos meus pais. O primeiro conto reli logo entre estações, o restantes conto reler até amanhã e neste momento estou feliz.]

dúvidas
quase sempre
dúvidas
livramos nos delas
e é hora de ver surgir outras
certezas
procuramos..
certezas
quando diante delas temos medo de perdê-las
Duvidamos
certamente
e vivemos na duvida se aceitamos ou não as certezas
Certamente
O tempo matará as duvidas
resta nos então esperar um pouco
ou não…


Hummm...Cheira me a solidão.Um cheiro forte, entranhado na pele que por muito que se esfregue com água não desaparece.Está la.Nausea.