Friday, April 30, 2010

caminho ZEN_Thich Nhat Hanh


Se você é poeta, vê claramente uma nuvem em um papel em branco. Se não existir a nuvem, a chuva não cai. Se não cair a chuva, a árvore não cresce. Se não cresce a árvore, não se faz papel. Então, podemos dizer que o papel e a nuvem se encontram em interexistência. Se observarmos mais profundamente o papel, veremos nele a luz do sol.
Sem a luz do sol, o mato não cresce. Ou melhor, sem ela, nada no mundo cresce. Por isso, reconhecemos que a luz do sol também existe no papel em branco. O papel e a luz do sol encontram-se em interdependência. Se continuarmos observando profundamente, veremos o lenhador que cortou a árvore posteriormente levada à marcenaria.
Veremos também o trigo no papel. Sabemos que o lenhador não pode existir sem o pão de cada dia. Por isso, o trigo, a matéria-prima do pão, também existe no papel. Pensando desta maneira, reconhecemos que um papel branco não pode existir quando faltar qualquer um destes elementos. Não posso citar nada que não esteja aqui, agora. O tempo, o espaço, a chuva, os minerais contidos no solo, a luz do sol, as nuvens, os rios, o calor... Tudo está aqui, agora. Não podemos existir sozinhos.
Este papel branco é totalmente constituído de "elementos que não são papel". Se devolvermos todos os "elementos que não sejam papel" à sua origem, o papel deixará de existir. O papel não existirá se forem tirados os "elementos que não sejam papel". O papel, em sua espessura fina, contém tudo do universo. Nele, não há nada que não exista em interdependência. A inexistência de elementos independentes significa que tudo é satisfeito por tudo.
Temos que existir em interexistência com os demais, assim como um papel que existe porque todo os demais elementos existem.

Wednesday, April 28, 2010

never give up!


um amigo ofereceu me este selo. E passou me a mensagem de que nunca devo desistir da vida.


O selo vem acompanhado de umas regras, tais como responder a umas perguntinhas.
1-Dois defeitos:
sou muito teimosa.
penso tanto, mas tanto…que sofro muitas vezes por antecipação.
2-Duas qualidades:
a minha teimosia!
gosto sempre de fazer aos outros o que gostava que me fizessem a mim.

3. Uma música que seja( ou esteja a ser) a banda sonora da minha vida:
One dos U2.
é a minha musica nos bons e maus momentos.

4-Por fim, dizer uma frase ou pensamento que uso como lema...

Devemos andar sempre bêbados.
É a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar.
Com vinho, com poesia, ou com a virtude.
Escolhe tu, mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são:
São horas de te embriagares.
Para não seres como os escravos martirizados do tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso.
Com vinho, com poesia. Ou com a virtude.
[Charles Baudelaire]
a outra regra é passar o selo....
eu ofereço a quem me lê e o queira levar!

Tuesday, April 27, 2010

e hoje faço 36 anitos!





uma nota de bom humor!
e
a musica da Sinead o'Connor é a minha prenda para quem aqui passa,
obrigada por me lerem!

Sunday, April 25, 2010

Liberdade!






lembrem se que,
A liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada.



Friday, April 23, 2010

coisas de que gosto no feminino

um filme








um poema

As mulheres voam
como os anjos
Com as suas asas feitas
de cristal de rocha da memória
Disponiveis
para voar
soltas...
Primeiro
lentamente uma por uma
Depois,
iguais aos passaros
fundas...
Nadando,
juntas
Secreta a rasar o
chão
a rasar a fenda
da lua
no menstruo
por entre a fenda das pernas
Às vezes é o aço
que se prende
na luz
A dobrarmos o espaço?
Bruxas
pomos asas em vassouras
de vento
E voamos
Como as asas
lhe cresciam nas coxas
diziam dela
que era um anjo do mar
Rondo alto,
postas em nudez de ombros
e pernas
perseguindo,
pelos espaços,
lunares
da menstruação
e corpo desavindo
Não somos violencia
mas o voo
quando nadamos
de costas pelo vento
até à foz do tempo
no oceano denso
da nossa própria voz
Sabemos distinguir
a dormir
os anjos das rosas voadoras
pelo tacto?
Somos os anjos
do destino
com a alma
pelo avesso
do utero
Voamos a lua
menstruadas
Os homens gritam
- são as bruxas
As mulheres pensam
- são os anjos
As crianças dizem
- são as fadas
Fadas?
filigrama cintilante
de asas volteando
no fundo da vagina
Nadamos?
De costas,
no espaço deste século
Mudar o rumo
e as pernas mais ao
fundo
portas por trás
dobradas pelos rins
Abrindo o ar
com o corpo num só golpe
Soltas,
viando
até chegar ao fim
Dizem-nos
que nos limitemos ao espaço
Mas nós voamos
também
debaixo de água
Nós somos os anjos
deste tempo
Astronautas,
voando na memória
nas galáxias do vento...
Temos um pacto
com aquilo que
voa
- as aves
da poesia
- os anjos
do sexo
- o orgasmo
dos sonhos
Não há nada
que a nossa voz não abra
Nós somos as bruxas da palavra

[Maria Teresa Horta]





um livro




um texto



alguém roubou uma tecla ao piano, sentiu, de súbito, o seu coração dividido, uma nota que um ladrão roubara dessa carreira ________ ouviu-se um som plangente.
Se não levou toda a carteira, evaporou-se aquela parte da melodia nas mãos de alguém. E o piano perdeu o seu fragmento de potência. Não ergue mais todo o falo, foi o que sentiu o desvario da mulher _________ e desejou que a tromba do elefante se levantasse, e fosse procurar o cavalo derrubado no mar, onde vivia, à tona, um bando de noctívagos que consumiam ansiedade e pobreza. A nota estava com eles. Para que fossem destruídos pela fome ancestral/angélica que traziam no ouvido.
Uma tecla musical desaparecida corresponde a urna pessoa sem vista para quem vê. Essa moeda de olhar cego,
onde brilharia? Onde estava o cego?
À distância a que se encontra a mulher de outrora da mulher da noite obscura. Na esquina de uma rua, a vender doces de solidão.
— Quem quer doces da noite obscura? — apregoava. — Aí estava o cego, à margem das páginas que, à sua volta, se suicidavam.
Apregoava: «Doces da noite obscura. Doces de solidão».

E muitos jantavam unicamente esses doces, sem nenhum gosto, a não ser o da noite que os guiava ________ a alguns, muito poucos.
[maria gabriela llansol]



uma paixão


uma frase



Vontade de mergulhar sem oxigénio no oceano e entrar no colo das ondas.
Andreia- A menina dos olhos de água


uma musica







Wednesday, April 21, 2010

Somos um pequeno e desgraçado país_Clara Ferreira Alves


Temos uma elite sofrível e uma classe política sem cultura política nem histórica.

Somos um pequeno e desgraçado país. Não somos pequenos e desgraçados porque sempre fomos; afinal, não somos o Haiti, não somos a Bolívia, não somos a Serra Leoa, não somos o Uganda, não somos a Moldávia, não somos a Guiné; não somos assim porque nos fizeram assim, não fomos colonizados, não descendemos de escravos, não fomos deportados, explorados, invadidos, vencidos. A União Soviética não nos pisou com bota cardada e a Alemanha não nos ocupou. Tivemos um ditador e tivemos a revolução sem sangue e a criação da democracia e dos partidos. Tivemos os fundos europeus e a absorção de um milhão de retornados. Tivemos colónias, ouro, escravos e uma história que não nos envergonha. Temos uma longa e estabelecida nacionalidade. Temos a coragem e o génio de ter escapado a Castela. Temos a miscigenação, a lírica e a épica. Temos as descobertas e a geração de Aviz. Temos uma identidade e uma cultura, temos uma língua falada por milhões. Temos 800 km de praia e sol.
Temos muitas razões para sermos felizes. E não somos. Somos um pequeno, desgraçado e deprimido país que se queixa por tudo e por nada, que se detesta e detesta o sucesso alheio, que aniquila a qualidade e promove a incompetência, que deixou que a administração pública fosse tomada de assalto por parasitas partidários, por gestores imorais e por políticos corruptos ou que fecham os olhos e promovem a corrupção como forma de manutenção do poder. Somos um país sem esperança onde nada avança e nada acontece, como escrevia o poeta Ruy Belo.
Sai-se da pátria e regressa-se à pátria e as notícias são as mesmas; é como se o mundo girasse e nós parados. À espera do apocalipse. Tudo nos diz que amanhã será pior e toda a gente nos pede mais sacrifícios, mais penúria e mais infelicidade. É impossível levantar um país de vencidos ou convencê-lo a fazer alguma coisa por si. Leio as notícias sobre o extraordinário salário de António Mexia, da EDP, os 3,1 milhões anuais, e penso o que pensa uma pessoa normal: não vale a pena. Os velhos morrem de frio no Inverno porque não têm dinheiro para pagar "a luz" e o senhor energia tem um salário igual ao dos melhores 200 gestores americanos. Numa empresa falsamente privatizada que floresce num regime de monopólio e em que o Estado é o maior accionista. E aquilo é o salário, fora os benefícios e os cartões. Fora as reformas e as pensões. A permanente resignação perante a imoralidade é que nos torna passivos, fracos, assustados, irresolutos e cúmplices da delapidação do nosso dinheiro. E um governo socialista autorizou isto e promoveu isto. E pior do que isto. Não se trata de premiar o mérito, trata-se de premiar a estupidez. Porque deixamos isto passar.
Imagine-se que nos acontecia uma verdadeira desgraça. Quando Wall Street veio por aí abaixo eu estava em NY e fui a Wall Street. Vi banqueiros e financeiros saírem de cabeça coberta por jornais a meterem-se nos buracos do metro, envergonhados. Insultados. O mundo pensou que era o fim do seu mundo. Que o sistema capitalista tinha acabado. Etc. O capitalismo não acabou, nem vai acabar. Regenerou-se no que foi obrigado. A linguagem e a política que Obama adoptou tiveram efeitos. A América sai da crise, com os seus desempregados. A seu modo, brutal, corrige as falhas. Ali, a política ainda conta e o sistema de justiça funciona (com erros e defeitos) e faz funcionar a democracia. Acima de tudo, os americanos acreditam na América e têm o optimismo do copo meio cheio. A América, um grande e engraçado país, não perde tempo em lamúrias. Já se fazem piadas sobre o 11 de Setembro e sobre o crash das bolsas e dos bancos. A América reconstrói-se todos os dias e recomeça. Analisar a vitória política de Obama com o seu Plano de Saúde é uma lição de política, tanto para os republicanos como para os democratas.
A América é um país que corre para a excelência e que rejeita a mediocridade. E a um ciclo de mediocridade segue-se um de excelência porque a rota corrige automaticamente. O sistema autocorrige-se na passagem do tempo. As torres que vão surgir no WTC serão as mais altas do mundo. Esta dose de megalomania é saudável porque toda a gente precisa de símbolos e de modelos. Em Portugal, deixámos de ter símbolos e não temos modelos. O português mais influente é um jogador de futebol. O segundo mais influente é um treinador de futebol. E ponto final. Temos uma elite sofrível e uma classe política sem cultura política nem histórica ludibriada por autodidactas ou por rapazes com cursos tirados no estrangeiro que chegam a Portugal com um objectivo: enriquecer. Enriquecer à sombra do partido, do padrinho na banca e do Estado. De nós. E a justiça trata de si e dos seus privilégios. Somos um pequeno e desgraçado país.

Tuesday, April 20, 2010

Parabéns Avó!

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventuraÀ medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

[Soneto de Aniversário-Vinicius de Moraes]




a minha avó faz 76 anos!
sei que não vai ler isto
nem sequer vai saber da existencia desta pequena homenagem
sei também que não sou muito de dizer o que sinto
mas...
gosto de ti Avó!

Sunday, April 18, 2010

o importante é ser não parecer!

hoje estou acida

o suficiente para me rir.

procuro no dicionário novas palavras já velhas.sem vergonha.

numa conversa para poder dormir.

que interessa a roupa que compramos só para parecer.

ser parecido com aquele/aquela.o estilo deve ser próprio.o nosso.

prefiro ter dinheiro para comer sushi.

luz para ler.

mesmo que texto mais tarde seja para ignorar.

sempre me distrai.
já não tenho paciência para aturar vaidades.

assuntos vazios.

que hoje em dia escorrem e escorrem nas conversas.

haja palavras para criar.

mas não para esconder.

que ainda existam dois seres, ainda que estranhos, sentados à mesa a conversar.

sem medo de pensar.
que temos nós a aprender com estes dois?

que há muito ainda por conhecer de valioso e perene no tempo que já passou e na vida que há para viver.

e que existam muitos momentos assim...sem medos...puros... animados e sem angústias...

em que ser ainda é muito mais importante que parecer!




os teus seios tem um toque estranho....
oh!é pq são naturais.
(Steve Martin e Sarah Jessica Parker in "Viver e amar em LA")

Friday, April 16, 2010

Tuesday, April 13, 2010

in «Penitências de Um Ser no Anonimato» de «Francisco»


Simplesmente

Nascemos.
Nascemos humanos, de carne e osso,
com esta terrível responsabilidade
que é ter de carregar, sobre os ombros, glaciares.

Simplesmente

Carregamos glaciares e vivemos.
Vivemos no meio de tanta solidão,
no meio de tantos, no meio de nós.
Vivemos e, por vezes, não acreditamos.

Simplesmente

Por vezes não acreditamos,
e somos mais do que alguma vez
julgámos ser possível.
Somos muitos.
Somos braços, pernas, olhos,
somos nada.
Somos as canções e o desespero.
E no final somos oceano.

Simplesmente

No final somos oceano.
Estamos por aqui e viajamos
neste mistério.
E temos coragem.
Temos coragem de assumir
as fraquezas e com elas
definir caminhos.
E seguimos em frente.

Simplesmente

Seguimos em frente.

um bjo



não resisti e publico o comentário do Francisco ao meu post anterior.
só lhe posso dizer que sem o conhecer gosto muito dele
e que o meu abraço muito apertado hoje é para Ele.

Sunday, April 11, 2010

simplesmente

gostava de nunca ter nascido.

Saturday, April 10, 2010

Thursday, April 08, 2010

dark hands


palavras,

soltas

ou simplesmente vãs,

palavras

umas dispensáveis,

outras que se acumulam e se tornam banais

tais como eu são as palavras

imprudentes,

inverossímeis

insensatas,

terminais.

eu como elas,

sou palavras caladas

mas que ferem.

mostro o meu sentido

oculto do ser.

falho em muitos acto.

são pequenos instantes,

em que as minhas mãos sujas

fojem do mais puro.

sigo... perante a ausência,

deixando rastros da palavra liberdade.

ao longe percebo,

reflito.

e fico calada.

Wednesday, April 07, 2010

infiel ponto com_Pedro Rolo Duarte

Em Novembro passado, o i publicava a noticia: O site gleeden.com apresenta-se como um “jardim de felicidade” e já são 1500 os portugueses inscritos neste portal dedicado às pessoas casadas que querem ser infiéis, mas de uma forma discreta”. Prometia-se então que, depois de passar a versão beta, “os interessados poderão encontrar parceiros disponíveis para uma aventura extraconjugal. Dos 1500 portugueses já inscritos, 65% são homens e 35% são mulheres. O facto de o site não ser gratuito não parece ser impeditivo para os interessados numa relação fora do casamento”.
A última barreira abateu-se: até para a infidelidade a Internet encontrou facilidade de acesso, rapidez de execução, eficácia na concretização. Podem os conservadores vir falar dos tempos modernos e do fim da ética e da moral, podem as igrejas continuar a pregar no deserto, podem os teóricos construir teses sofisticadas sobre o mundo moderno. Nada ultrapassa a simplicidade dos factos: há um problema? Há uma fronteira para ultrapassar? Há uma dificuldade para vencer? Falta-lhe qualquer coisinha? Alguém, a esta hora, num qualquer canto do globo, está a tratar do assunto. Não tarda e aí estará o site que vai tornar banal o que antes era incomum.
A Internet é o maior facilitador da vida – no que isso tem de deslumbrante e útil, mas também de perigoso e falso. É um pouco como crescer a comer hambúrgueres – não há duvida de que é prático, mas no dia em que um bife nos aparece à frente, não sabemos o que fazer com aquele bocado de carne e é muito provável que tenhamos problemas de resistência nos dentes. Para tudo, na vida, tem havido equilíbrio – excepto para a Internet, avassaladora na sua criatividade, imaginação, no seu caos e felicidade, na sua reinvenção diária.
Foi nisso que pensei quando li aquela notícia – bolas, já nem para ser infiel é preciso trabalho, estratagema, um guião bem afinado, um novelo bem enrolado. Nada disso. Um click, uma password, e navegamos na infidelidade controlada. Por pouco, combinada com o cônjuge, já agora podem enganar-se em dias certos, sempre se poupa qualquer coisa...
Não consigo conceber facilmente a ideia de infidelidade – e nisso parece que sou antigo. Mas consigo menos ainda conceber a traição com “profile” incluído e cartão visa em site devidamente protegido. No meio de tanta felicidade ao alcance de um click e de uma password, onde fica o velho e bom lugar do talento, do saber, da aprendizagem?
Ser infiel dá tanto trabalho como ser fiel - porque ambas as condições exigem dedicação, vontade e às vezes algum esforço. Pedem sabedoria, na verdade e na mentira, na escolha daquilo que queremos para a nossa vida, e na metódica dedicação à causa. Há anos que alimento a ideia simples de que a infidelidade não compensa – bom é estar com quem se gosta enquanto se gosta, e não ter medo de mudar de vida quando se deixa de gostar. É mais fácil de dizer do que de fazer – mas quando se faz e se persiste, tem compensações evidentes. Dorme-se mais tranquilamente. É-se mais feliz. E mesmo na infelicidade consegue-se paz, que é um dos bens mais preciosos da vida. Não me tenho dado mal com o princípio.
Talvez por isso me tenha chamado a atenção a notícia do site que promove a infidelidade de forma prática, discreta e eficaz. Tenho vontade de me inscrever e passar a mensagem aos sócios: em vez de trair a sua mulher (ou o seu marido), já pensou em tentar ser feliz? Sabe que pode divorciar-se e ter o mundo todo pela frente? Não é tão fácil, talvez, mas é muito melhor. E nem precisa de password.

Monday, April 05, 2010

coisas de que gosto

um texto
A fidelidade (...) é a mais integral de todas as virtudes humanas. O homem participa numa batalha e, sem a fidelidade, não conhece a sua luta; apenas usa da violência, interpreta uma vontade, é instrumento de uma opinião. A fidelidade move-o desde a sua origem, é a primeira condição da consciência. Não se efectuam coisas novas sem fidelidade. Não se engrandece a piedade ou se priva com o mais simples sentimento, sem a fidelidade. Uma acção progressiva tem que ter raízes tumulares, raízes naquilo que encerrámos definitivamente - uma era, um conhecimento, uma arte, uma maneira de viver. A fidelidade, disse eu, assegura-nos o tempo de criar e o tempo de destruir o que se tornou inconforme à imagem do homem. Nada é digno de valor, sem fidelidade.[Agustina Bessa-Luis]
um filme

(eu adoro Woody Allen)

uma frase
As grandes tempestades não duram muito assim como as grandes felicidades não são eternas.[proverbio judaico]
um momento
um poema
Não toques nos objectos imediatos.
A harmonia queima.
Por mais leve que seja um bule ou uma chavená,
são loucos todos os objectos.
Uma jarra com um crisântemo transparente
tem um tremor oculto.
É terrível no escuro.
Mesmo o seu nome, só a medo o podes dizer.A boca fica em chaga.
[Herberto Hélder-Não toques nos objectos imediatos]
um livro

uma musica


Sunday, April 04, 2010

Thursday, April 01, 2010

sou filha de Abril

Abril é o meu mês!
Façam o favor de serem felizes....