Monday, December 31, 2007

Estamos quase lá....2008!

Num mundo que a solidão é a maior doença do século. Não consigo ficar indiferente..sinto me SÓ e não falo de notas musicais mas de abraços.... O mundo não foi feito a pensar nos números impares....
Que 2008 seja...


Amor


Partilha


Alegria
embora não tenha muito a festejar,
Brindo contigo!
e espero por 2008! estamos quase lá....
Feliz Ano Novo!

Friday, December 28, 2007

a vida dos homens




"Que dificil que é a vida dos homens, pensou ela.Eles não têm asas para voar por cima das coisas más"

[Sofhia de Mello Breyner Andresen- A Fada Oriana]

Wednesday, December 26, 2007

um dia de cada vez



flores.vaso. alinho quadros e encato os cantos das paredes. sorrio para os deuses.converso comigo mesma sempre à mesma sombra da tarde. sou um ser em ebulição sempre cativa dos laços que vou fazendo. sou dona de um célere passo curto, estico o pensamento até alcançar busca.mas tento não magoar.quando piso as pedras faço o com cuidado em respeito a elas proprias que também guardam caminho.navego rio com sonho a vela. não tenho segredos para as estrelas. uma natureza azul profunda. mantenho o olhar na correnteza do rio. se o sonhar fosse um rio, eu navegava o mais possível.cultivo manias como ver estrelas de dia e passar as noites em claro. não tenho uma fruta ou um perfume preferido mas sim muitos livros por ler e muitos versos por morder. belisco a realidade e uma tal de lucidez que só se acalma quando sonho. Um dia de cada vez.

Sunday, December 23, 2007

Feliz Natal!


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
(Poema de Natal-Vinicius de Moraes)

Friday, December 21, 2007

mudo,surdo e cego



Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.


(Padre António Vieira)

Wednesday, December 19, 2007

Carta ao Meu Amigo Nuno

Meu querido Amigo Dourado,

Apesar da nossa amizade se manter virtual, fruto das circunstâncias da vida, kms nos separam[mas com um cinema combinado para o inicio de 2008] muito me aquece e alegra a tua disponibilidade para seres meu amigo. Gosto do que dizes, perguntas e escreves, não porque, mas apesar de, gosto das tuas transições poéticas e mesmo quando percorres de uma galáxia à outra a tua caminhada entre versos, prosas e vivências ,tu és tu.

Gosto de ti pela grandiosidade da tua alma simples, não simplória, mas franca e leal....cândida. Ás vezes imagino me a rir contigo, de disparates ainda por dizer, de poemas e versos brancos por fazer, a suar para conseguirmos a metrica certa dos poetas.Sim, porque tu és iluminado...és dourado!Tens a mesma grandiosidade de teu sobrenome.E brilhas.

Gosto de teu colorido da primavera: da alvura da malmequeres, ao dourado do trigo.Tu és uma aguarela tingindo o negrume. Tens concerteza o perfume que ela encerra: cheiro de mato, de terra, flores a florir. Cheiro de chuva quer, emane do alto da serra, ou do asfalto, que sinto próximo, ou não fossemos da mesma terra.

Tu demonstras preocupação comigo como ninguém..É um conforto ter te com meu amigo por perto,sim que estas perto na distância, abrandando as minhas intempéries e as minhas repentinas mudanças de ares que se me acometem. Chova ou faça sol, tu andas comigo nas ondas. Mandas, para longe, as tempestades. Nadas contra a corrente, se preciso for. .

Mas acredita que tens em mim uma amiga devota. Amiga a toda prova, para o que der e vier. Amiga sempre presente, nas quatro estações. Preenchendo as lacunas dos quartos da lua. Do cimo da minha pequenez, tanto de estatura como poética, que eu ao menos consiga, com o afago destas letras, traduzir meu afecto e amor incontroverso pelo amigo que sei que enfrentava uma guerra por mim. Contigo era capaz de rir e chorar. E sei que me dizes não, que não devo ou que não posso quando for preciso.

Para ti meu Amigo Dourado, segue como presente de natal, envolto num sorriso da cor do sol a pino, o meu coração.

G de gostar, D de Duarte

Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no
Porto
E uma cidade p’ra ti.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Pedro Abrunhosa

Monday, December 17, 2007

veludo

veludo,
ventre escavado por soluçoes e engulhos.

rituais de ternura,
boca com boca

ou quem sabe apenas flores abertas.

contrições e contrastes,

gritos anis,

e decidir
perder o infinito.

mergulho no mundo

mistura fria e

o calor da tua mão.

tiro de mim o possível
com uma peça esquecida
durante as mudanças da vida.

fico me no tempo...que tempo...

no tempo a ser inscrito pelo meu corpo.

e preparo meus dias para o meu sempre
mesmo sabendo o teu nunca.

Friday, December 14, 2007

irracionais?
















Aconteceu numa praça, no Japão.Não se sabe como o pássaro morreu. Ele estava no asfalto, inerte, sem vida. Seria um facto corriqueiro, mas o fotógrafo fez a grande diferença.Segundo o relato do mesmo, uma outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho, sem temer os que se aproximavam, sem temer o fotógrafo que se colocava bem próximo.Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, posou como querendo levantá-lo e alçou vôo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim, foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado. Só então a ave solidária levantou voo e, atrás dela, todo o bando. As fotos traduzem a seqüência dos fatos e a beleza de sentimentos no reino animal.Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem, sobrevoaram o corpinho do companheiro morto. As fotos mostram quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito. Aquela ave que fez toda a cerimônia de despedida, quando o bando já ia alto, inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não aceitação da morte, tenta novamente chamar o companheiro à vida. Desesperada, mas com amor e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor. Serão os animais realmente os irracionais?

Thursday, December 13, 2007

Personal Message

Red shoes
Blue car
Never run
Too far
Winds push
Us along
We're so weak
And they're so strong
All I ever need
The mercy of your lies
All I ever need
The mercy of your lies
And the clouds that break
And the clouds that break
Red shoes
Blue car
Never run
Too far
Winds push
Us along
We're so weak
And they're so strong
All I ever need
The mercy of your lies
All I ever need
The mercy of your lies
And the clouds that break






Personal Message:
aqui temos o homem que não quiseste conhecer.ficaste à porta ver-me fumar a ganza dele, depois de duas de monte velho, ou seriam 3...4!ele magricissimo. é tão bonito o verso (tudo o que eu precisava era o perdão das tuas (minhas, ele é dubio) mentiras. fiz isto para ti I. só eu sei que tu adoravas romper as nuvens...
JAC

Ainda não estou bem mas certas palavras e pessoas dão me alento...

Tuesday, December 11, 2007

estou assim...


Prometo que volto quando me sentir melhor...

Monday, December 10, 2007

mais uma 2ª feira



Saí, corri, desajeitada, abrindo caminho entre os passageiros, derrubando mochilas e sacos com embrulhos, o cabelo a cair a toda hora sobre o rosto, nem parei para olhar se aquela era a minha estação. Subi interminaveis degraus, atravessei um corredor estreito, cartazes anunciando telemoveis, marcas de roupas e cervejas, mais degraus, a respiração já ofegante quando finalmente a luz , o sobressalto, as pupilas a encolherem com a claridade inesperada, continuei correndo, segurandoa saia, longa, para não tropeçar, os olhos aos poucos habituaram se à rua, aos prédios, mas tudo me parecia estranho. Provavelmente a estação errada. Onde estaria??? Pensei em verfificar o nome da rua, para onde todos os dias vou, mas não houve tempo, a multidão aproximou se, pessoas que falam sem parar e eu??Eu tentava me desvencilhar de alguém que me abraçava, alguém que me puxava pela manga, eu tentava me desvencilhar, enquanto a multidão se espalhava pela rua. De repente, todos pararam e olharam para mim.Será que estou acordada? Claro que sim!



Bom-dia, claro que estou bem, por quê?

Saturday, December 08, 2007

uma prenda que recebi

Encontrámo-nos por acaso
aqui, ali, ou noutro lado,
é preciso que te lembres
sem nos conhecermos amámo-nos
e mesmo que não seja verdade
é preciso acreditar nas verdades eternas... dei-te o que tinha...o ar do tempo.
J.A.




BOM FIM DE SEMANA!

Thursday, December 06, 2007

Nunca me disseram que era proibido abrir a caixa!

igarros, Não!
Não quero uma noite em branco entre cigarros e vinho. Não!
Quero cactos com pétalas .Lisos, comigo ninguém pode o que deveria ser...

O próprio não é uma vontade. Palavra forte. O não-desejo é uma arte.
Nunca me disseram que Eva comeu a maçã proibida.Nunca me disseram que era proibido abrir a caixa!

É quase madrugada e tento adivinhar caminhos e estrelas. A bem da verdade, perco me, às vezes. Abri a porta sem ruído e entrei, pé ante pé, na minha casa adormecida e sem ninguém. Em silêncio. Para não despertar a solidão.

Cerrei os dentes. Desviei o olhar no momento da queda final. Peguei em papel, escrevi mensagens, para logo em seguida queimá-las ainda inteiras, amarrotadas nos cinzeiros. Prazer.Como comer chocolate. Não comer o chocolate antevê o prazer de não ter culpa .Não como.


O próprio não é uma vontade. Palavra forte. O não-desejo é uma arte.
Nunca me disseram que Eva comeu a maçã proibida.Nunca me disseram que era proibido abrir a caixa!

Tuesday, December 04, 2007

aponta me o norte...



Vá la, aponta me o norte. Sim, o norte, que é no mesmo lugar, sem falha nem descanso. Agora o piano, um clássico e cujo o nome me foge, mas começa com a letra "D". Lembrei me...Debussy...Sempre Debussy.Fico sempre com os olhos rasos d'água.Precisas de o sentir um dia...


Apaga a luz. Não, acende. Acende a luz e perscruta o meu canto mais íntimo. Alma, coração, corpo, seja lá o que for. Eu permito, não fecho os olhos, mas permito. Um centímetro e mais outro lentamente como um mapa que de mim fosses fazer.A boca na minha boca. Os segredos do meu mar sem escafandro, um oceano em busca da planície para a mais profunda incursão onde as velas ardem intensamente.O prazer em nós, passeia em mim e eu em ti.


No fim, traz um copo até à borda de vinho tinto e deixa que do resto cuido eu.






Sunday, December 02, 2007

bissinhu...

imagens que valem mais que um poema....



Boa semana!