Wednesday, June 25, 2008

On me dit que le destin se monque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Paraît qu'le bonheur est à portée de main
Alors on tend la main et on se retrouve fou...

[Carla Bruni / Léos Carax]
eu sou o céu e o inferno também. uma dose diária de cada um. tento dosear....
tento! passam as horas... e nada. vida pacata. talvez. a rotina. cheia de ansiedade. uma pitada de ternura.outra de medo.
o ano está a meio mas eu sinto o no fim.mas siga.a cada dia um pouco mais, até a exaustão.no meu passo. compasso. um dia. depois outro e outro dia e outro e outro...
dias que são mais difíceis.outros que se pintam de amarelo.
um dia de cada vez. não vá meter os pés pelas mãos. todos os cuidados que mundo me diz que devo ter. servem para? gostaria de acreditar que tudo se pode levar com calma. mas também acredito que calma atrapalha o movimento dos sentimentos. dos desejos. e das vontades. dualidades. todos os dias gostava de ter pequenas vontades. um dia uma.outro dia outra e assim por diante. se tudo correr bem, igual a optimo! se não, valeu a pena tentar.

Tuesday, June 24, 2008

maus feitios, stressados e refilões!

Não precisa de apresentação...todos o conhecem.O Simão, um fox terrier com muito estilo!
Engraçado, um dia disse me um amigo que animais de companhia e donos ficam parecidos com o passar dos tempos...
Verdade, verdadinha!
No domingo, o Simão foi atacado por um perdigueiro, sem trela, na rua.O cão abocanhou lhe o pescoço mas o Simão não se ficou, rosnou e abanou fortemente a cabeça diversas vezes conseguindo soltar se dele! Eu, além de aflita, refilava com o dono do cão que se desculpava e lá o conseguiu controlar. O Simão refilava também com o outro, ladrava descontroladamente, completamente passado, mas não baixava os braços, isto é, as patas!Não fosse o pêlo e tinha sido mordido!(ainda bem que só 5ªfeira é que vai à tosquia.)
Quando cheguei a casa, a frase do meu amigo não me saia da cabeça.
Eu e o Simão somos parecidos.Temos mau feitio, somos uns stressados e refilões!
O Simão tem pouco a aprender comigo mas eu continuo a precisar de aprender com o meu cão a não ter medo.

Thursday, June 19, 2008

palavras.silencios.os silêncios das palavras.o culto. nem sempre pronuncio encantos.vivo de desassossegos e de intervalos de pronuncios. tenho menos do que imagino. muito mais do que muitos. não gosto de distâncias.detesto a censura dos pensamentos.gostaria de apertar na minha mão os meus sonhos. não libertar. memórias, lembranças e saudades, um oscilar de incertezas e alegrias. um universo em que permaneço imóvel. pés retidos no passado, mãos lançadas no futuro.Hoje é quinta,amanhã é sexta.
um dia,
terei a certeza
que as danças da vida não foram em vão
e então
nua e crua
entregarei minha alma ao diabo...

Monday, June 16, 2008

talvez poucos me conheçam


talvez poucos me conheçam.mas muitos não me percebem.só me conto e só me mostro a muito poucos. não escolho o momento de me mostrar. não controlo muitas coisas. explicam se assim as mudanças de humor. mas não sou acida. o sorriso e o choro. um cansaço que quase sempre me estafa muito. e uma ansiedade que me mata... não sei o porque. entrego me muito menos ao mundo.


sentimentos abafados. vejo os padrões repetirem se. sei que nunca terei todas as respostas e também nem quero. sei que existem motivos para as minhas neuras. sou atenta mas não calada. nem o mundo todo tem interesse por mim.o meu interesse é selectivo como uma protecção. estou mais eu do que quero e menos eu do que era antes.preciso de mudança. entendo que preciso de ter paciência.


às vezes parece que o meu cerebro pára. existem momentos em que uma espécie de paralisia toma conta de mim e não sei como sair dela. a resposta sou eu que a tenho que encontrar. o processo de mudança é lento mas sei que existe. preciso de respeitar o meu tempo. de aprender a não deixa lo passar em vão.preciso de respeitar os meus limites e ultrapassar outros. entendo que o que preciso na vida é de simplicidade.

Saturday, June 14, 2008

Thursday, June 12, 2008


olho me.
da vela
sinto a luz tremer de espanto.

como um grito,
devagar a cera torna-se frágil, macia e morna
e a pequena luz pede mais tempo.
dança,
brilhante a sua eterna luz.
sopro suavemente a chama,
que se debate e resiste.
só o aroma
só um sopro
de um fôlego só!

a vela

feita de suspiros e sabores,
aroma de alma feita de inquietação e desassossego.
papel de seda que embrulha os afectos da minha pele

e enfeites de sorrisos com um laço invisível de luz.

sinfonias e melodias,
sabores musicais
vibráteis.

sabores novos,
cada dia uma palete clara de sabores doces e amargos,
aromas e cores de sabores feitos de metáforas.
há sabores novos em cada dia
em mim.

Sunday, June 08, 2008

alegrias e tristezas
o caminho
uma companhia
cheia de devaneios.
perco me sem sair do lugar
e isso alucina me.
não acompanhar
as minhas divagações
confundem me as recordações.
querer sair
sem voltar
sem saber onde estar.
quebrar ciclos
terminar com as alucinações.
ir
mesmo que em outras circunstâncias
não fique a lembrança
apenas a confiança
de que um dia irei voltar.



algumas coisas devem ficar apenas na memória
enquanto esta for um bom lugar.
depois, que se percam.
é inútil tentar salvar qualquer coisa que seja.
está morto.
os pensamentos não precisam de enterros.
precisam existir e depois partir.

Friday, June 06, 2008

somos todos escorpiões?

às vezes durmo um sono profundo, como um sedativo de mim mesma, esperando um grande estrondo para despertar. quem sabe uma trovoada seca, que se ouve parecendo que a própria Natureza explode a sua raiva no céu fazendo os corpos estremecerem na terra. um misto de medo e alívio porque sei que estrondo não vai durar mais do que um instante.as grandes catástrofes são como uma espécie de percalços que a vida me apresenta: começam e terminam numa questão de segundos e soltam sobre mim toda a ira e me lançam ao chão, como se todo o meu mundo precisa se de ser reconstruído.

a vida continua a exigir acção.movimento.não adianta querer que o planeta não gire enquanto não conseguir encontrar o meu caminho.os meus pedaços perdidos como um quebra-cabeças são o meu eu ou que já fui.ao ver que as peças são muitas até posso não saber por onde começar mas sei que o farei.aprendi que não me adianta entregar tudo.

vou continuar a dormir, fechar os olhos com força e criar um novo mundo, onde é permitido colorir a cores, a jogar com a realidade, a lançar perfume, a mostrar a verdade e a razão, a não mascarar o feio e a fazer voar a consciência.e quando o despertador insistir em tocar vou atirá lo o mais longe possível, com a mesma força que gostaria de arremessar alguns dos meus problemas.se calhar já sonhei de mais, a trovoada barulhenta despertou me, parecendo que o sol enfeita, sem ter perdido o poder de aquecer.

talvez seja altura de sair de trás do muro, que protege mas não deixa viver, que esconde, e abrir bem os meus olhos mesmo sabendo que eles a princípio rejeitarão a claridade por não estarem habituados a ela.


Parábola do escorpião e do sapo:

O escorpião queria atravessar o rio, mas tinha medo de se afogar. Pediu que o sapo o levasse.
O sapo respondeu: Eu, não. Você pode ferrar e matar me.
O escorpião discordou: É claro que não! Imagine. Se você morrer, nos afogamos os dois.
O sapo acreditou. Fazia sentido. Então colocou o escorpião nas costas e começou a atravessar o rio. Antes do final, sentiu a ferroada.
Enquanto os dois se afogavam, ainda perguntou: Mas escorpião, porque fizeste isto, mesmo sabendo que ias morrer???
É a minha natureza - respondeu o escorpião, antes de descer para as profundezas.


somos todos escorpiões? ou não?será impossivel lutarmos contra a nossa natureza , contra um padrão que repetimos a vida inteira, mesmo sabendo que não é o correcto ou que não nos vai ajudar em nada? ou uma das coisas boas do ser humano é poder romper esse padrão?

Tuesday, June 03, 2008

és tu primavera??



flutuam
bolhas verdes flutuam.
nas mãos
o som
do tic tac do relógio.
enquanto procuro
descobrir por quantas ruas terei de passar
até esbarrar na tua sombra...
tua??
uma forma de saber
se estou perdida
na estação...
estação?
perdida?
és tu primavera?
eu.....
à espera...

Sunday, June 01, 2008


"...A gente vai lá e ama sem legenda, sem tecla SAP, sem dicionário. O importante não é a roupa da moda, mas o beijo de entrega. Não interessam as bobaginhas de butique, mas a maneira de abraçar.Olhar vale mais do que mil conversas.Uma conversa vale por uma noite de amor..."
Maurício Cintrão