Wednesday, December 30, 2009

Happy New Year!


resta nos esperar pelo novo ano, falta pouco, muito pouco...
2010 é o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social.
façam o favor de não se esquecer de olhar para quem mais precisa...
O mundo não foi feito para os números mas para as pessoas!



acendo uma vela
e formulo os desejos para este ano


que a solidão seja menor


que sejamos nós proprios todos os dias

que haja partilha


que se encontre o caminho


apesar das razões para festejar não serem muitas,
brindo contigo!
e espero pelo novo ano! estamos quase lá...





Feliz
!!!!!!

Monday, December 28, 2009


Estou mesmo a precisar
de uma injecção
de essência de rosas.

[Jorge de Sousa Braga]



Saturday, December 26, 2009

partilhar arrepios

hoje vou discutir a solidão.dificil, muito dificil.ainda mais para quem tão pequeno como eu.1m53cm.50kg.e o peso brutal da solidão todos os dias nos bolsos das calças de ganga ou do casaco...que me torna os pés pesados...como se os meus all stars tivessem cheios de pedras.
começo,com uma garrafa de vinho tinto,um Poeira 2004.e um bom livro. Florbela Espanca. tem que ser ela. ou Fernando Pessoa. pode ser ele.por momentos. não sei. usufruir....
o vinho é fundamental. não pode ser qualquer um. gosto de degusta lo com prazer. é a minha companhia esta noite.uma noite em que estou novamente só. como todas as outras,afinal.
sou só. entre muros, medos, toques e formas. a partir de hoje,digo o em voz alta...sou um ser sozinho. não deixei de ter cor ou nome mas sou só.
a minha delicada relação corpo e alma, tenta, desesperadamente, acordar com vontade de gritar descobertas com quem me cruzo. no meu caminho. sentir a delicia de ter os olhos a brilhar. brincar com o fogo.dançar uma espécie de dança...que não se ensaiei.
andar sem saber onde vou parar. e não querer saber. sentir força e delicadeza: mas sem me ferir mais.
sabem que mais... tenho deveres. mesmo sendo só. devo a mim própria encontrar me em alguém...sempre. chamem lhe amor se quiserem! construir rumos e tempos. eu chamo lhe partilha de arrepios!
pele.
andar nua.
nudez de mim.
sonhar ser
apenas eu
em ti.


O medo é uma força que não me deixa andar. Tenho medo de exigir. Tenho medo de deixar. O medo é uma sombra que o temor não desvia. O medo é uma chave que apagou a vida. Medo circulando nas veias. Medo de pedir arrego. O medo é a medida da indecisão. Medo de se arrepender. Medo que dá medo do medo que dá.[Lenine]

Thursday, December 24, 2009


Blessed is the season which engages the whole world in a conspiracy of love.

Merry Christmas!

Tuesday, December 22, 2009

prendas minhas...

um filme





um ditado popular

Os prazeres são como os alimentos: os mais simples são os que menos enjoam.

um livro

um texto

Não é um vício, não, é uma vingança. Acontece quando acordo a meio da noite e estico os braços à procura e não sei que estou só. A cama é grande e só do meu lado está desfeita. Acordo à procura do corpo que faz falta e só tenho o meu que está a mais. Fecho os olhos, como se já não estivessem fechados, e o que está dentro de mim é uma ânsia. Então chegam imagens de um corpo antes de saber que é o dele. Um corpo não, pedaços de um corpo, pequenas alucinações. Duas mãos começam a agarrar-me as ancas e uma boca a bafejar-me a cara. É ele que fala. Ouço dizer-me as coisas que me diz e calo-me. Ouço-o chamar os nomes que me chamam e eu vou. Começo a desfazer-me para que me faça. O corpo que eu toco não é de ninguém. Quando não basta, repete, quando não basta repito. E depois há uma coisa que vem de muito longe e não quer acabar de vir. Vem a mim e eu não consigo ir a ela. Estou comigo. Não é um corpo, não. É um fugir. Um barulho. Qualquer coisa assim que vem, que agarra e passa. Um bicho. Não é um corpo não, porque os não há. Às vezes ouço-me gritar, ou julgar que grito e depois fico quieta como se corresse perigo.
Começo a pensar nele e acabo a pensar em mim, os cabelos desfeitos, uma ânsia sem fim.
[Pedro Paixão_ Vida de adulto]

eu

uma frase

Hay que endurecer-se pero sin perder la ternura jamas! [ Ernesto Che Guevara]

um momento

um poema

Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
[Clarice Lispector]


uma música

estas são as minhas prendas para quem me lê,

com muito gosto.

escolham a que preferirem...

ou se quiserem fiquem com todas!

Saturday, December 19, 2009

outros vôos

o silêncio
cala a alma.
sobre a mesa
o passado amarrota o dia.
o som do saudosismo
desafina o presente.
na janela
olho...


talvez amanhã
vá dar um passeio de balão.
quem sabe...
o silêncio
cala a alma.

Wednesday, December 16, 2009

sem tempo...

viver é muito duro.
não me digam que não.porque não acredito.
acumulo erros, fotografias distorcidas escondidas na memória.
dentro de mim, o saldo de duras batalhas, nas quais não me era permitido ceder, mesmo que elas diariamente voltem.
viver é muito duro.
mas viver é também nunca desistir de mim mesma, mesmo que na maior parte dos dias não saiba para onde vou.
tudo o que devia ser simples apresenta se complicado. é preciso tanto...
é preciso saber escolher, não magoar ninguém, não magoar me a mim, não cair em tentação, saber dizer não diante do sim inevitável.
viver é muito duro.
porque viver é partilha.
é ser sensível, sem melindrar ninguém, tudo isto no meio de um dia complicado, entre reuniões urgentes e complicadas.
é gostar do verde. e de abraços apertados.
viver é muito duro.
por ter que se ser o melhor.
ser profissional, sem me tornar vaidosa, e não envelhecer, apesar da idade, pelo menos o espírito. e se possível, não me deixar ir abaixo, já que o mundo só gosta dos vencedores e dos perdedores ninguém se lembra.
viver é muito duro.
é lutar.constantemente.
corro contra o relógio, corro contra o desencanto, corro contras as contas.
e tento não perder a poesia.
viver é muito duro.
e às vezes cansa.
eu sei que nem sempre é assim
mas há dias que só queria ter tempo...
mesmo que fosse
para pendurar flores no meu estendal,
sem preconceitos...
sem qualquer esforço...

tinha saudades de estar aqui.

voltei.

Monday, December 07, 2009

Saturday, December 05, 2009

coração


Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...


[Mário Quintana]

Thursday, December 03, 2009

falling star


está uma bela manhã para voar.

lancei me .

sem medos, sem querer voltar.

o primeiro contacto com o vento.

ai!o vento... fez me sentir bem,

tão perto de mim.

mostrou me quanto à vida é frágil.

quis voar para sempre

e tentei segurar me aos cometas ou às estrelas.

eu bem quis segurar me...

mas de repente

estatelei me no chão.

porque a estrela à qual me agarrei,

era uma estrela cadente.