Tuesday, July 21, 2009

para mim e para ti


sabes o que somos?

instantes.

nada mais do que instantes.

pequenos momentos esticados .

pessoas jogadas como espantalhos.

com sonhos incompletos a lutarmos

no abismo dos sentidos.

almas loucas e solitarias no meio de tantas mais.

somos instantes.

frágeis e desprovidos de calma e sensatez.

fantasmas

de

mergulhos azuis interrompidos.

vomitando momentos

agarrados a nós próprios.

e quando vomitamos

estamos sós

mesmo escutando as vozes que nos

perturbam

e que

quando vencemos o silêncio

são memórias baldias

que permanecem

e não nos deixam ficar

em paz.

26 comments:

A.S. said...

Querida Vela...

Há instantes que deveriam ser eternos... há outros que nunca deveriam ter existido!


Beijos doces...
AL

Su said...

hoje estou literalmente assim


jocas maradas......sempre

* said...

Muitas vezes somos instantes esquecidos...
Somos instantes a que outros se agarram para sobrevivem e respirar...
somos instantes que se consomem...
Beijos Velinha

Eu Mesma! said...

Velinha....
estás cada vez melhor :)

joão said...

BRAVO. sentido e bem escrito.

AC said...

Se a vida da Terra fossem 24 horas, o Homem existiria ha perto de 20 segundos.
Se toda a existencia do Homem na Terra se reduz a perto de 20 segundos, quantos bilionesimos de um microsegundo seremos ti e mim ?

Bom texto, mais um...

Excelente ilustração, mais uma...

Dos vomitos, quando me recolhiam, preferia-os acompanhado, para amparo das memorias.

Beijo de bom dia miuda

Teresa Durães said...

somos instantes que por vezes se unem criando uma linha

Maria said...

Tenho demasiadas vozes cá dentro.

chrysaliis said...

É isso que somos.. instantes.

Beijos

Mãos de Veludo said...

Há dias em que também fico assim...

By Me said...

VELAS...HÁ INSTANTES QUE BAILAM NA NOSSA MENTE DURANTE MUITO TEMPO,CHEGAM A SER ALIMENTO,FERMENTO, UMA DÁDIVA...QUE UM DIA NOS SALVOU...

BEIJINHOS

filipa said...

E é por sermos instantes inquietos, que devemos fazer tudo para que os nossos dias por cá sejam o melhor possível aproveitados.
Se calhar é por sermos instantes que escrevemos, para deixar uma marca qualquer a quem chegar depois.


Maior beijo

Miudaaa said...

O corpo não espera
Jorge de Sena

O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor. Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sêde, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera; este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...

Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.

Um Beijo imenso... um Abraço ainda maior.

Naty said...

muito bonito parabens.
bjs

Mar Arável said...

Um dia escrevi

VAGAROSOS INSTANTES

João said...

Aquilo que todos somos realmente passa um belo bocado pelo que escreveste.

Obrigado pela visita ja agora :)

AnaMar (pseudónimo) said...

Instantes que perfazem momentos.
Amanhã, outros instantes menos amargos.
Bj

Unknown said...

Falta credibilidade prende-se o diálogo........................

Já me senti assim a 'vomitar' quando perdi tudo o que queria da vida.

Acontecimentos inoportunos, sem espaço e vontade para serem sentidos ou vividos.

Atropelei sentimentos de uns e de outros...revoltada sufocada só na dor, indiferentes pisamos o que não queremos. (não volta a acontecer).

Algo me 'chama' como 'íman' quando pressinto o sofrimento alheio...(nem sempre o apoio pode ser com sucesso).

Esquecemos e perdoamos certas atitudes impensadas até entendemos, afinal a 'fonte' deveria ser segura...mas não....até'lambe os dedos' de satisfação (sabemos que quando pouco ou praticamente nada se sabe da vida de próximos ou de outros, torna-se misterioso, estranho, supomos saber tudo e a curiosidade.... como sabes... inventa-se e advinha-se... !).
Mesmo 'mal temperado' faz alguém feliz, ja não é mau.Fica-se é na mesma sem nada saber, nem acrescenta nada a ninguém.

Reorganizar de novo a vida com a turbulência e intenso desasossego á minha volta de tantos lados... mesmo assim, não conseguiram desviar-me dos meus objectivos, embora não estejam completamente vencidos só largo no fim.

Quanto ao resto, de momento, a meu ver, todos precisamos de pouco que seja, uns momentos de férias se possível longe do mundo virtual viciante de fantasias.Vai renovar energias, abrir horizontes e trazer vontade de concretizar novas realidades.

A Paz conquista-se, é algo único que me faz mover!
( só chega ás nuances expostas quem permite).

Boas férias se for caso.
Beijo amigo

qel said...

eu não sei se já to tinha pedido, é provável que já, assim sindo peço desculpa mas não me lembro. Queria que continuasses a ter acesso ao meu blog, cujo cantinho já estou há séculoooos para bloquear mas ainda não consegui reunir os e-mails de todas as pessoas que queria que me continuassem a ler. Se já to pedi peço desculpa pala repetição, vela, mas podes mandar-me o teu e-mail desta conta para eu adicionar? Isto é, se me quiseres continuar a ler, claro.
Um beijinho *

A.S. said...

Vim deixar-te o meu beijo!

Francisco said...

Olá Velita.

Forte, muito forte. Belo, muito belo.

Somos momento e somos vómito. Por vezes adulterado.

Quando escutamos as vozes e lhes damos asas...

Patti Smith ... excelente.

Beijo
Francisco

impulsos said...

É isso mesmo... somos apenas instantes!
Mas de instante em instante, vamos aprendendo que a vida também tem instantes bons, muito embora sejam os maus que mais nos inspiram a escrever assim, tão bem como o fizeste!

Beijo

Beatrice von Bismarck said...

Olá Olá

Diz-se por aí que estou de volta...

bj

Isabel said...

Somos instantes de que devemos tirar partido, para que não caiamos no abismo, e possamos viver em paz connosco.

Bjt

Porcelain said...

Instantes... eternos instantes... :)

Bjoka!

Porcelain said...
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