Thursday, January 08, 2009

ainda se dançam slows?

quem não se lembra deste tipo de música com um ritmo, ou sem ele, ingénuo e vagaroso mas que abre um sorriso no rosto de quem ouve e faz soltar a memória para instantes mágicos.o slow.ou também chamada música para constituir família.uma melodia circular que fazia corar, crescer no estômago um nervoso miudinho, ou seja, momentos de vida intensos.
o slow era pegar ou largar!um ritual meio ridículo que dava a oportunidade de agarrar quem se queria, nem que fosse apenas só por um momento.afinal, nada é eterno....pois é mas o slow está fora de moda.e eu ou estou nostálgica ou completamente doida!
os preconceitos foram sendo abandonados, felizmente, dançar agarradinho ficou fora de moda, infelizmente, e afinal os corpos ainda de atraem mas já não guardam segredos.hoje em dia dançar agarrado diz se ser coisa de velhos.os corpos querem se soltos.
não posso deixar de pensar que um par é sempre um par e se os unir um abraço..melhor ainda!pode ser pirosa a intensidade física com que se dançava um slow mas não será um problema de expressão cada vez maior o facto de nos tocarmos menos?
o slow ''existia'' quando eu era adolescente. e como todos os adolescentes, creio que hoje em dia se passa o mesmo, eu sofria de crises existênciais, o minha casa era o quarto porque estava sozinha no mundo, ninguém gostava de mim como eu queria mas eram também as minhas alterações hormonais vertiginosas, a vontade de libertar energia e a necessidade de encontrar um parceiro para partilhar as mesmas historias e ter consolo.o slow era a banda sonora de um namoro.
afinal o ano mudou e o mundo também, mas os desejos se calhar são sempre os mesmos, ter alguém completamente avassalador e cúmplice de coisas maravilhosas.e com satisfação ao ouvir determinada música lembrar que foi com aquele som que se começou a gostar.
mas se evoluímos assim tanto no tempo, pergunto eu:

porquê que hoje as pessoas dançam muito menos?
porquê que não se soltam?
e será que ainda se dançam slows?(não te esqueças de clicar para ouvires a musica)


E é tão difícil dizer amor,

É bem melhor dizê-lo a cantar.

Por isso esta noite, fiz esta canção,

Para resolver o meu problema de expressão,

Pra ficar mais perto, bem mais de perto.

Ficar mais perto, bem mais de perto.

[Problema De Expressão-Clã]

40 comments:

I. said...

Do que me foste lembrar! As matinés na discoteca, os convívios de liceu, a meio era inevitável: o slow. E nós, as amiguinhas todas encostadas à parede, entre cochichos e olhares, à espera que aquele, o que achávamos ser o "tal", nos viesse convidar para a dança. :)
(não sei se ainda se dança, mas o cheek to cheek nunca passa de moda)

vida de vidro said...

A proximidade dos corpos, momentos inesquecíveis... Talvez ainda se dancem slows. :)**

Leonor said...

Diz que estão fora de moda, pois é, coisa de cotas. Mas quem os dançou sabe o bom que era. Tenho saudades de um slow dançado devagar com uma aproximação gradual de corpos e de bocas ... era uma loucurinha muito doce, pois era.

Beijinhos

Conversa Inútil de Roderick said...

Claro que se dançam slows!
Se bem que no desenho que colocaste é mais um Tango!

Vício said...

lembro-me perfeitamente dessa epoca! afinal tenho apenas mais um ano...
mas foram poucos os slows que dancei, e ainda bem porque esses poucos valeram a pena! havia amigos meus que corriam a sala toda à procura de um par quando se começava a ouvir os primeiros acordes... eu ou dançava com "ela" ou então... ia ao bar ;)

(mas nas musicas latinas ninguém me parava! :D)

Rain Sister said...

Agora todos juntos:

"Oh, cant you see
You belong to me
How my poor heart aches
With every step you take" ;-)

Ah pois era, as matinés nas discotecas, os bailes da escola, as festas em casa dos amigos, recordações que nos põem um sorriso tonto na cara ;-)

Beijinhos

Teresa Durães said...

no século XVIII (pelo menos) a dança e o toque das mãos era a oportunidade de aproximação dos pares. podia-se também partilhar conversas a sós dado que de outra forma era difícil

A menina do bairro said...

fizeste-me recordar ...que saudades de um slow bem juntinho da pessoa de quem gostamos!

beijos

Cruztáceo said...

ainda há cerca de duas pessoas a dançar sim...

Anonymous said...

Olá!
Já te li duas vezes, já dancei alguns slows, noutra altura... quando a proximidade dos corpos tinha que ter um motivo qualquer... o que agora não acontece, basta uma troca de olhares aquele sentir que vem de dentro, ou aquela vontade de chegar mais perto e mais perto e sai um slow sem música...

Não sou a pessoa mais indicada para falar de amor, uma vez que esse sentimento me magoou uma vez e não me vai voltar a magoar, digamos que desacreditei... também tenho um problema de expressão como os clã.

deixas-te um bocadinho no passado, arrastaste-me até ao presente e fizeste com que eu pensasse que um dia se calhar vou voltar a dançar um slow... Mimos precisam-se...

Beijos Vela (desculpa este relatório... mas adorei ler-te)

Fenix said...

Que SAUDADES que eu tenho dos Slows!!!
Tantas e tantas vezes penso nisso!
Lembro-me de quando os dançava..., daquela excitação na espera do convite para dançar..., vindo daquela certa pessoa...
O desejo de chegar mais perto..., sentir o calor e o odor do outro...
Sentir o toque suave das mãos primeiro..., e ..., depois dos braços..., dos corpos...
Que excitação!!!

Ainda sonho com isso...

sonho..., imagino..., suspiro...

Quem bom lembrares isto!
E eu a pensar que era a única romântica saudosista dos Slows...

BOM ANO
Abraço
Fenix

joão said...

Dançavam...

http://www.youtube.com/watch?v=7EhpyRjNNqs

e dançam.

http://www.youtube.com/watch?v=lXVSnGkuibU

AnaMar (pseudónimo) said...

Eu ao contrário da maioria, sempre detestei slows! Mas agora adoro!!!!
E adooooooooro dançar.

Bj

Maariah said...

Hum! Há anos que não danço slows, mas sabes que nem tenho saudades?

O "problema de expressão" dos Clã é uma das minhas músicas preferidas.

Pedro Branco said...

Agarra-me. Aperta-me. Leva-me no teu calor. No cheiro do sangue fervente. Na intranquila descoberta. No abandono certo. No tempo parado em nós. Cego. Como quem suicidou a sua própria vista para ficar só com o som de um momento único. Sei de mim em ti, assim... No rodopio de mais uma canção onde nos perdemos e ganhámos a nossa existência. Na liberdade solta na palma da mão... no abraço sem fim. Que se deixou para sempre nos recantos da memória. Por isso as noites são livros cheios... E o vento transporta os espelhos... E eu... aprendiz de de mim... serei sempre narrador e personagem. Sim. Lembro-me. Sim. Gosto. Sim. Quero.

Desabafos said...

Lembro-me muito bem.Recordo até da primeira vez que o fiz.
Dificil, pois tinham um par que não era la muito agradavel:)
Tema engraçado.
Gostei do teu espaço e acima de tudo do nome do blog:)
Voltarei.

Lu.a said...

Ai que este post deixou-me com água na boca e tanta saudade...:/

pn said...

Pois é Velinhas, falaste num assunto que nunca deixou o imaginário de todos nós, mas que, por qualquer estranho motivo, parecemos recalcar.
Quem não tem histórias ligadas aos slows, a um slow? A whiter shade of pale, dos Procol Arum (como se escreve esta coisa???), Sitting on a doc of a bay, Otis Redding (?)por exemplo...
Lembro-me dos bailes que fazíamos numa quinta de família, ao som de um toca vinis muito de plástico, ou ao som de um rádio mais que portátil, cheio ruídos, interferências e intervalos para publicidade.. e ia tudo a eito, uma vez embalados, até os noticiários!!!
De facto, creio que o importante era podermos estar abraçados a alguém, e aquele era o pretexto ansiado. O ritual que o permitia sem grandes comprometimentos.
Hoje, não sei que se passa, creio que há um estranho pudor em manifestar uma exaltação afectiva...
...
(beau, le texte, en gaulois!!!)

maria josé quintela said...

adorei o teu post!
fizeste-me regressar bem atrás no tempo!



sou do tempo dos slows e digo-te que tenho muitas e boas recordações...



e aqui está um assunto muito pertinente nos dias frios que correm...:)



mas diz-me: ainda se dançam slows? onde?



um beijo.

Luís Milheiro said...

claro que se dançam, às vezes mesmo sem música...

bjs Velas

(luis eme)

The Perfect Stranger said...

ainda danço slow...
não entro em pormenores ;)

The Perfect Stranger said...

deixaste-me um texto teu num comentário de que gostei muito.
se me desses autorização publicava-o dizendo que é teu.
diz qualquer coisa.

küss ich

eu, do alto do meu salto said...

Pois não sei se ainda se dançam, mas lá que eram bons, lá isso eram!
Era qualquer coisa de mágico!

Gostei de me teres recordado.

Beijinho

P.s. já agora, bom 2009! (os votos já vêm atrasados, mas o que conta é a intensão:))

Ana. said...

Ando sem tempo e o meu computador lá de casa está com problemas, daí a minha ausência ;)

Quantos à dança. Eu danço e danço muito... digamos que sou daquelas pessoas que não podem ouvir musica ;P

Beijinhos!

Noiva Judia said...

Bem, como eu me identifiquei com este post... as memórias dos slows dançados no liceu, nas tardes dos últimos dias de aulas, em que alguém levava o "tijolo" e cassetes com músicas melosas. a esperança de que aquele tal rapaz nos convidasse para dançar. se não, convidavamo-lo nós e era esperar que ele aceitasse. era piroso sim, mas eram momentos tão bons...

Azeitoninha said...

Eu danço e é tão bommmmmm )

Beijinho e bom fim de semana :)

adouro-te said...

Ora deixa ver se me lembro...
Mãos enlaçadas na minha nuca. Mãos assentes nas suas ancas. As cabeças nos ombros. As bocas encostadas aos ouvidos. Das palavras com sentido aos sons sem palavras.
E continuava-se a dançar após o slow terminar.
"So slow... so slow..."
Kisses. Sorry...
Beijos.

Pearl said...

Eu danço!!

beijos

Unknown said...

slows, sim, tantas vezes em sonhos ou recordações, mas isto sou eu, quase quarentona...

Bjs. Bom fim-de-semana.

borrowingme said...

quando era miúda, era a minha parte favorita das festas da escola...
na altura havia o starway to heaven e era o delírio, a musica durava 6 minutos...
confesso que não...
a última vez que dancei foi no fim de ano, que até passei em casa, mas nada de slows...

há uns anos pedi ao meu príncipe para dançar comigo... era um slow, mas ele não aceitou... pode ser que quando se tornar sapo, o faça ;o)

bjs velinha e acho engraçadissimo te teres lembrado deste tópico. hoje em dia até os abraços são diminutos...

mfc said...

E sabes qual o "slow" que me está na memória?!
Era um "single" dos Beatles.... o "My sweet Lord"!
Eram "só" seis minutos e meio...

O diabo está nos detalhes said...

No meu caso, não esquecerei nunca dançar ao som de "wonderful tonight", na versão ao vivo, num 10 de junho de 1990.... tenho que escrever sobre isso.

nOgS said...

Desde que queiras, querida. Sempre se dançarão slows. Nem que seja na tua sala de estar. É uma pena, de facto, as coisas que se estão a perder...

(adoro esta música, em particular, dos Clã).

BeijO

Mαğΐα said...

Sabes que mais?
Sabes, sabes, sabes?

Eu também tenho saudadecas de um belo slow. Saudadecas daquele olhar a percorrer a sala na esperança de ver um sinal do rapaz que me fazia tremer naquele momento.

Se tu estás doida... vim juntar-me a ti!!!!

S L O W'S precisam-se :D

Su said...

andei no tempo............

jocas maradas .saudades

borrowingme said...

boa semana...
sabes que voltei a ler o texto, e da maneira que me encontro, agora, agorinha, até dançava...
prontinha para um coração partido!
a vontade do querer por vezes é tão grande, que não nos deixa ver um palmo à frente do nariz.

bjs velinha e tem uma boa semana

Rui Fartura. said...

obrigado pelo teu comentário no meu blog, foi um bonito jogo de palavras.apesar de por vezes não entender certos contextos em que inseres algumas frases, mas de qualquer modo foi interessante. gosto deste teu post, não sendo a música das minhas preferidas, consigo perceber perfeitamente o motivo de escolha de foto/música/ texto. mais um bom trabalho.

Andreia said...

esta música dos Clã foi durante muitos anos a minha preferida. continua a dizer muito do que sou e apesar de hoje ter outras preferidas, ainda ocupa um lugar especial no coração :) beijinho

Eric Blair said...

muita areia prá minha pincelada ...

AC said...

Isto de viver num outro Mundo tem destas coisas... já tinha reparado que mais ninguem os dançava, mas como eu os danço por qualquer motivo e em qualquer lugar desde que devidamente acompanhado, ou sozinho se for um tal especial, de facto não os sinto terminados :)

Os "putos" não se soltarem, tem que se lhe diga... tenho-os visto soltarem-se bastante mais do que eles proprios apregoam entre si, mas compreendo o que dizes claro.

Abraço, leeeeeeeeeeeeeento