medos mal dormidos
neuras que não domino.
bocejo
um verso do avesso
cheio de tiques
toques-não-me-toques.
mal me espreguiço
e
vendo a alma ao dia.
pensar nele
não me apavora,
o que me aflige
é este durante
insignificante.
é este agora
não o antes,
nem o vazio do depois.
é este instante medonho
em que o meu verde insônia
vela o sono
do meu azul dormente
e a ele se rende, quando desperto.
tenho coragem para encarar o dia,
mas este momento
mete medo!