Tuesday, July 15, 2008

para mim

Havia um gajo
Anormal como os outros
Monthy?
Não sei.
Seria o seu nome?
Não sei.
Vendia prazer?
Não sei nada.
Alugava uma casa.
Também não sei.Nada.
Ajudava à arte que queria
Plantava coentros
Não sei se os fumava
Mas voava
Sobre o ar quente .
Com uma vela
Rumo a oriente

Quando era mais fácil o ocidente
E por ele víamos
Africa.
À noite tínhamos vacas voadoras
Ruminantes a descolar
Rastejantes a aplaudir
Uma osga clara na parede branca a assistir
Era assim
Simples
Existir
E lá está.

19 comments:

Teresa Durães said...

por vezes é preferível a simplicidade, penso

Dawa said...

"Era assim
Simples
Existir"

Apenas existir parece simples, mas deve ser das coisas mais complicadas que conheço.
Beijo!

Unknown said...

A simplicidade da existência nem sempre é fácil..
um abraço
brisa de palavras

pn said...

velinhas, onde fica essa casa tão lindinha?
alugas-ma por uma semana?

Maria said...

Fumar coentros? (nunca me ocorreu...) :)
Viver é simples, nós é que complicamos...
Gostei do post.

Um beijo

Su said...

há sim......monty.....
ehehe ..ok..deliro....ou não


jocas maradas

poetaeusou . . . said...

*
tudo é simples,
sem a mão do homem,
,
bonitas fotos,
,
conchinhas,
,
*

inBluesY said...

eu recordo vagamente os coentros, e recordo tb q existem outras tantas gargalhadas que têm de se repetir!

lamento nem sempre conseguir dar a mão, e ser mais trapalhona, enfim!

bj ***

Azeitoninha said...

Beijão :)

Release me said...

"Havia um gajo
Anormal como os outros"

Perfeito.

tufa tau said...

um gajo que fumava coentros?
eu como-os!
era mesmo anormal!

a casa é um linda de romântica
beijo

Eric Blair said...

ia já praí...

Pedro Branco said...

Apetecia-me dizer simplesmente: "Andava eu sossegado e de repente fui confrontado com esta vertiginosa memória...". Talvez ficasse bem dizer: "Muito bom! Que vertiginosa memória!" Ou então provocar: "De que nos serve uma memória assim vertiginosa?" Ou ainda tantas outras formas de palavras que sempre nos saltam ao encontro...

Mas não. Não digo senão que esta vertigem é daquelas que podemos ir ver sempre sem perder essa sensação adrenalínica da tontura.

Beijo grande.

Carracinha Linda! said...

A casinha tem um ar muito acolhedor...

Vacas voadoras... devia mesmo fumar os coentros! :D

Bjs

Ricardo Silva Reis said...

É muito agradavel vir ao teu espaço!
Fumar coentros? É caso para experimentar...
Beijinhos

Joaninha said...

Lindo o poema, linda a casa.

Existir devia ser simples, mas não é ;)

Eu sei que vou te amar said...

A leve certeza de ser...poema fantastico onde exalta a vida de uma forma singela!
Beijo doce

Pink said...

Que texto tão original. Adorei!
A imagem então fez-me ter vontade de fugir p lá já e mandar o trabalho às urtigas (daqui a 1 semana vou).
Aparenta ser 1 casinha de campo agradável, tirando a osga, e se estiver perto do mar, tanto melhor!
Se é lá q passas férias parabéns.
Um gajo anormal q talvez fume coentros, talvez alugue a casa, talvez...nos faça ver vacas voadoras?! ya, é anormal!

Pedaços de Cereja said...

Pra fumar coentros, é mesmo anormal ;D

Beijinhos *