O Silêncio
Eugénio de Andrade
Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.
Deve ser por tudo isto que adoro o silêncio, não aquele que é forçado, mas o que nasce de mim naturalmente e que tanto prezo!
Talvez este bloggue sirva para me ouvir a mim própria, Sei lá.............................
6 comments:
pois, o silencio deve mesmo servir para nos ouvirmos...
o silêncio tb é bom, embora as pessoas o temam... =)
"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras
são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo."
O.W.
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jinhos :D
o silêncio e a paz são por vezes palavras tão parecidas.
Bjs
por acaso é nisto que falo - deacelerar para pensar, repensar e gasar o tempo não o perder.
Lindo o poema.
um beijo.
O silêncio vale pelo que as palavras não conseguem atingir. Esse silêncio de que falas é uma dávida! É a nossa segunda voz que nos sussurra misteriosamente....
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