Todos nós já pensamos na definição da palavra amigo.Diria que a amizade não é uma saída de fim de semana, um jantar de copos avulso...diria que é uma missão.Por vezes muito dificil porque implica coragem e confiança.Coragem?!Deve estar nesta altura a pensar"Que disparate..o que é a amizade tema ver com coragem??.Pois bem é necessaria coragem para se ser um verdadeiro amigo, e sabem porquê??Porque por vezes é preciso dizer:"Não faças isso, não é correcto."
Não é estarmos sempre com a mesma pessoa que nos faz amigos.É possivel ter amigos de uma vida e só esporadicamente estar cara a cara com eles, no entanto, o coração está unido.Um amigo é alguém desinteressado, o suficiente para se preocupar connosco, gostar de nós tal como somos.Não existindo conveniência, hábito, egoismo ou interesse mas apenas afecto puro e duro.
O habito não nos faz amigos de ninguém, ou seriamos todos amigos dos tipos da EMEL.Nem sempre é fácil estar com os amigos, muitas vezes é quase um luxo.No entanto, o verdadeiro amigo sabe que a partilha é do coração e não da presença.
Os amigos gostam de nós como somos.Aturam nos as manias, não fogem dos nossos problemas, sabem todas as nossas duvidas existenciais, emprestam nos a casa quando fugimos da nossa, partilham diabruras e colocam o dedo na nossa ferida quando é preciso.
É tão facil sabermos se somos amigos de alguém!Simples: se não formos capazes de dizer tudo o que pensamos a um amigo, então não somos amigos.
Parece que a amizade está out.O cinismo acima de tudo...confundem se companhias porreiras com amigos.Esquece se que a amizade é despojada de interesses e cobranças de tempo.Que a critica e o elogio são provas de amizade que une os amigos.Infelizmente, hoje em dia traduz se a amizade em saídas de copos e os amigos são aqueles que estão no HI5.
(não sei muito bem porque escrevi este texto mas que o sinto, sinto.)
Podia falar-te do tempo... De como está vento... Do verão que não está certo. Podia falar-te do meu tempo, do que já passou e do que virá... se vier... Podia falar-te de como o fim pode estar perto. Mas nada disso quero dizer-te. Peço-te só um minuto antes de me fechares a porta pela última vez. Peço-te só um quarto de minuto para te dar um beijo.
A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. 'Quem? ', perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: 'Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...' era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração :
O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.
Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos.
Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho...Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.
Óbvio,
nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', que não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.
Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração 'rasca'...
Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.
Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.
Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.
Artigo de Nuno Markl - para a geração dos 30
Eu não diria melhor!
Como te percebo Nuno!
AH! É verdade...Confesso que tenho o Verão Azul em DVD, oferta do mano no Natal!
intenso abraço. anseio. vontade de um beijo eterno.interno.tão próximo que não consiga ver o rosto que sorri ou trai entre certezas e cruezas. a pele calcada. marcas de lembranças.desliza o vermelho. desejo. lambe o lábio de carmim e de pecado. pendurada na ponta do pincel a volúpia e o medo.
Depois devernão resisti a fazer este desafio.Que consiste em pegar num provérbio português e à primeira parte do dito acrescentar "debaixo dos lençois" e à segunda parte acrescentar "entre as pernas", mas de forma a que continue a fazer sentido .
Apressado debaixo dos lençois come cru entre as pernas.
Adorava ler os vossos "provérbios"!Vá la não custa nada!
"Teremos, em comum, alguns dias de desabituação;ao longo destes últimos meses fomos aprendendo a desamarmo-nos, trilhando o percurso inverso ao que percorrermos no início, regredindo;tentámos reconquistar as nossas individualidades, recuperar os pedaços que cada um cedeu( ou emprestou?) para a construção do nosso amor;pedaços de eu, que formaram um nós. Mas o nós morreu e há que realizar o funeral, enterrar o cadáver bem fundo, para que o cheiro não nos sufoque.É o que começamos a fazer, há pouco: o nosso funeral.E agora, teremos esses dias: para nos habituarmos a estar vivos."
Os divinos sufocam me, As casas cheias da loucura podem me por confusa, As palavras fazem me perder por alguns momentos. Mas é ai que percebo, Que preciso de precisar, Entender o que é dificil de entender, Desaparecer com tudo o que puder, Melhor é subir quando não se quer cair. Sei que sou muitas vezes fraca demais, Prefiro parar para continuar, Conter para desabafar.
Os mortais podem tentar seduzir me, Mas, não será que quando tudo está perdido é porque não está? Eu acredito que nada mais voltará ser como era, Não tenho nem quero ter vendas, Não acredito que se seja livre atrás de grades. Sufoca saber a vida assim e não poder fazer nada. Muitos dizem ser donos Eu sei que não tenho nada, Nada, apenas grades para serem derrubadas.
Vá desenrola este novelo. E o que vês? Para onde quer que olhes, só existe linha. Fios finos, por vezes frágeis, às vezes resistentes. Continua a desenrolar. Sim, desenrola.Consegues ver a primeira linha da última, aquela que já tocaste da que ainda não é tua? Que sabes tu desta linha? Que procuras neste novelo?
Eu puxo a ponta, caminho com ela até onde dou conta. Do novelo tento entrelaçar as tramas e delas, odestino que me toma pela mão e me leva a qualquer ponto, a uma intersecçao.Será que procuro no novelo o começo ou o fim?
Mas tu o que procuras neste novelo? As respostas ou as duvidas? Não sabes? Então porque que desenrolaste o novelo? Raios! Consegues dizer quão fina é a linha, ou quão perfeito é o emaranhado em que te embrenhaste? Porque te empenhaste em desvendar tamanho novelo?Será que como todos nós, apesar do ego para alimentar, vais desistir de desenrolar o novelo. Desistes?!Que nervos! Este novelo, tal como muitos outros, tu não vais desvendar. E tu o que sentes?Nada, absolutamente nada. E agora?Volta a enrolar a linha.Vais voltar?! Forma de novo o novelo do qual partiste. És capaz? Não, nem isso consegues. O primeiro novelo era demasiado confuso, e este é agora absolutamente impenetrável. As tuas mãos estão emaranhadas nas linhas.Olha bem para ti! Tiraste dele algum proveito? Desespero, confusão e uma vontade louca, desnorteada, de desenrolar quantos novelos te venham parar às mãos.Vais rebentar e emaranhar novamente, sabias??Azar! Nunca aprendes, pois não?Azar, não...Estupidez!
Eu quero saber se há avesso e se há início. Mas por mais que puxe a linha ele continua imenso e eu pequenina. No novelo quero fazer um corte, sim um corte, mas o fio engalfinha se e eu tento tomá-lo pela mão para não rolar pelo chão.Eu quero sentir o arrepio que só o novelo me pode dar, tocar a maciez , espirrar a rir e emaranhar me.Quero desafiar os sentidos.Porque sim, porque mereço e principalmente porque sou capaz.Como me disse uma amiga nem todos os espelhos sabem ver a verdadeira beleza.