Wednesday, September 26, 2007

Corpo_Al Berto

que te seja leve o peso das estrelas
e de tua boca irrompa a inocência nua

dum lírio cujo caule se estende e

ramifica para lá dos alicerces da casa.

abre a janela debruça-te

deixa que o mar inunde os orgãos do corpo

espalha lume na ponta dos dedos e toca

ao de leve aquilo que deve ser preservado
mas olho para as mãos e leio

que o vento norte escreveu sobre as dunas
levanto-me do fundo de ti humilde lama

e num soluço da respiração sei que estou vivo

sou o centro sísmico do mundo




10 comments:

sa.ra said...

estremeço...
intensidade flamejante!

beijinho
dia muito feliz

Ant said...

somos todos um pouco...

ricardo said...

:*

PintoRibeiro said...

SOBERBO!
E basta.
Bjinho,

vida de vidro said...

Cada vez que o leio, sinto... fundo!! **

Su said...

imenso......


..tb sou o centro sismico do mundo.........eu...............

jocas maradas.eu que gosto de aqui estar

Maria said...

Lindíssimo....
.... intenso....

Beijo

poetaeusou . . . said...

*
"A noite está próxima. O que vejo
já não se pode cantar/ caminho com os braços levantados, e com a ponta dos dedos acendendo o firmamento da alma./ espero que o vento passe... escuro, lento. Então, entrarei nele, cintilante, leve... e desapareço."
,
in – Al Berto

,
jinos
*

Bernardo Kolbl said...

Boa tarde e um abraço.

( Saltou a tampa ao PR ).

João Silva said...

há um excelente poema de Al berto cantado por Jorge Palma no Album "norte"... um dia destes faço um post com isso! depois aaviso!