Tuesday, March 31, 2009

um filme que não se esquece facilmente

Vi o filme “A onda” [Die Welle], alemão e baseado numa experiência real que ocorreu numa escola secundária nos EUA, em 1967. O professor de história Burt Ross quer explicar aos seus alunos a atmosfera da Alemanha, em 1930, a ascensão e o genocídio nazi. As perguntas dos alunos levam o professor a realizar uma experiência pedagógica arriscada que consiste em reproduzir na sala de aula algumas caracteristicas do nazismo: o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade”, o símbolo gráfico para representar “A onda”, um uniforme (camisa branca) e uma saudação.
O professor declara se o líder do movimento da “onda”, obrigando à disciplina e faz valer o poder superior do grupo sobre os indivíduos. Os estudantes obedecem cegamente. No entanto, a tímida recusa de um aluno leva o a conviver com ameaças e exclusão do grupo e a questionar se sobre a experiencia que está a viver.
A escola inteira é envolvida no fanatismo d’A onda, até que um casal de alunos mais consciente alerta o professor de ter perdido o controlo da experiência pedagógica que passou para a realidade quotidiana da comunidade escolar.
O desfecho do filme é dado pelo professor ao desmascarar a ideologia totalitária que sustenta o movimento d’A onda e do fanatismo por uma causa.



O filme é bom, e ao invés dos EUA, a história desenrola-se na Alemanha. Mas há uma diferença fundamental. O professor, neste filme, é mesmo envolvido pelo aparente poder e fidelidade canina que seus alunos o devotam.Originalmente, o professor tem o total controlo do experiência e sabe exatamente onde quer chegar. O final do filme é trágico.

Eu adorei e recomendo.Principalmente, porque mostra como pessoas continuam a ser facilmente manipuláveis e como ainda hoje, uma das coisas que o ser humano mais ambiciona é o sentimento de poder e de integração.

Saturday, March 28, 2009

eu desejo.já só consigo desejar.não alguém, não um rosto. apenas desejo a sensação de estar com alguém.sentir a sua alma descobrir a minha.com a calma os dedos percorrerem as minhas costas.os meus mamilos arrepiados.aquele suspiro profundo. de quem mergulha por não querer mais voltar à superfície.
o olhar a apalpar o meu rosto.o calor que aumenta,a luz que diminui para não machucar a pele.

a ausência de qualquer som. respirar.

ondas que vêm e vão.os gostos e sabores.as asperezas e a maciez.

inspirar depois o ar frio e sentir a minha alma voltar ao lugar.

mas,

antes do desejo,

sinto falta de fazer e dar amor

a quem me mereça.



[normalmente este não é o meu registo...talvez seja da reclusão..fechada em casa vai para quase para uma semana...estou a dar em louca...será da febre??]

Thursday, March 26, 2009

Verdades quase verdadeiras_José Luís Peixoto

No entanto, numa ou outra circunstância, quando estou nessa mesa de microfones e os vejo dormir, sinto uma ternura por eles que só pode ser comparada ao amor.
É uma ternura imensa e absoluta. Não sei ainda se esse sentimento existe por identificação, porque gostaria de estar no lugar deles, a dormir sem rugas na pele, ou se existe por inequívoca impossibilidade.
Sei sim que é um sentimento de família, como se, implicitamente, essas pessoas fossem meus irmãos, irmãs, pais, filhos. É como uma necessidade de cuidar deles, de pousar-lhes uma manta sobre as pernas, uma almofada sob o pescoço perdido.
É como uma vontade de falar baixo para que não despertem, para que tenham a sua tranquilidade assegurada por mais um instante, nem que seja por mais um instante…
De um modo geral, aqueles que dormem são uma minoria da assistência. Em situações excepcionais, já identifiquei dois, três, ou mesmo quatro, numa só sala. Mas continuo a participar em encontros literários e continuo a ter esperança. Aguardo com paciência pelo dia em que toda a sala adormeça.
Três ou quatro autores e teóricos, sentados a uma mesa com garrafas de água e um arranjo floral, a falarem muito baixinho para não acordar a assistência, que dorme mais ou menos profundamente: uma sinfonia de respirações, paz. O aplauso mais puro a ser o contrário de palmas. Mundos e sonhos possíveis a desenrolarem-se por de trás dos rostos. Seria comovente e maravilhoso.

(While you were sleeping..)

[desculpem me as poucas visitas que tenho feito aos vossos espaços mas não estou no meu melhor momento.estou doente, fechada em casa, com uma infecção pulmonar e sinto me muito cansada.a todos, um bjinho.]

Tuesday, March 24, 2009

as cores das maçãs


maçãs.
cesta recheada de maçãs.verdes,azuis,vermelhas,amarelas.as maçãs estavam espalhadas na cesta.
eu quero comê-las. uma por uma. mas, não pelo seu sabor, mas pela sua cor.
quero provar o verde. súbita esperança.quero provar o azul. maravilhosa liberdade. quero provar o vermelho. insistente desejo.
mas o que mais quero era provar o amarelo.mescla de mim, daqueles que passaram e irão passar pela minha vida. provar o amarelo é ter sede. deixar as lágrimas cairem livremente pela cara abaixo. vontade de correr na rua. olhar para ver. sorrir.
hoje.só hoje quero mastigar as cores e acreditar em mim.

e tu, qual a cor da tua maçã, do teu sonho?

Sunday, March 22, 2009

viva a poesia sempre!não é preciso ser dia...


era um poema lateral aos sentidos.
ganhava formato ébrio
ao nem ser escrito.
longe dos pensamentos
imitava uma pedra
[aí as palavras drummondeavam].
longe das lógicas
– com tendência vagabunda –
o poema driblava lados avessos
de noites
e animais
[aqui as sílabas manoelizam, barrentas].
mas uma estrela nunca brilha
tão solitária;
encarece-se também de luuandinar,
miar à couto,
esvair-se para guimarães...
era um poema carente de afectar-se
a ramos gracilianos.
assim alcançava
o estatuto
de raiz.
cheirado, emitia brilhos tímidos
– fosse um pirilampo.

“intimidar o poema a ser raiz”

Saturday, March 21, 2009

passei me!



sou de Sporting mas sei que jogo é jogo.perder e ganhar!
não foi um jogo nada de especial.o Sporting não foi extraordinário mas perder por um penalty que um árbrito inventa mesmo quando um auxiliar lhe diz que ele errou...
desculpem mas até eu perco a cabeça..não gosto de ser roubada e muito menos de desonestidade..

Lucilio Baptista vai para a puta que te pariu!
desculpem mais uma vez ...mas revoltam me as injustiças!
e fiquei mesmo chateada e triste!




Parabéns Sporting Clube de Portugal!


Foste muito melhor que o arbitro!
Já que não foi contra a equipa do Benfica que tiveste que jogar!
[Nota:Deixem os jogadores jogar!Limpo!Este post não é contra o Benfica!Agora não deixaram os 2 clubes jogar e prejudicaram o Sporting mas também o Benfica porque fica sempre com esta vitoria associada a um penalty que não existiu marcado por um FP que não foi capaz de assumir um erro.Afinal a estrela do jogo acaba por ser o arbrito e não os 22 que andaram ali a suar a camisola.E enquanto houver gente que gosta de ver jogos deste tipo em que as estrelas estao invertidas...não há conversa...é por isso que temos o país que temos e que alguns merecem!]

Tuesday, March 17, 2009

quando for grande

quero ser uma carta.
uma carta inesperada.
num envelope colorido de amarelo clarinho e escrita com a minha caneta preta, de sempre.
com o perfume das coisas vividas.saudades quentes.
não teria remetente, nem destinatário...apenas uma data indefinida, cheia de planos para o amanhã, o depois de amanhã e o depois, o depois...e depois.
até que um dia...imaginário...perto das seis da tarde quando o sol se preparava para ir embora...alguém pegava em mim e me colocava numa caixa de correio pendurada no muro da uma casa .aquela hora em que o cansaço nos vence...os olhos se fecham e o corpo fica mole.
e, de repente....
com uma ansiedade enorme, outro alguém abriria a carta, rasgando sem dó nem piedade. com a curiosidade na ponta dos dedos procuraria o meu eu. ia me ler do começo ao fim, relia algumas frases por não perceber a escrita rabiscada e em mim deitada.
eu deixaria cair um sorriso, lindo e único, que também consigo ter.
e quem continuava a ler seguraria me com cuidado, para não me amarrotar, magoar. com uma vontade louca, correria a vista pela carta toda, com uma alegria a subir pelo corpo, e sentiria o carinho de cada letrinha unida e construida palavra em mim.
e, eu...
suspirava.emoção.engolia lagrimas salgadas...deixando que me continuassem a ler pausadamente. e sem nos conhecermos, eu ia ganhando um perfume doce que se misturaria com o do papel amarelo clarinho.
e no fim da carta...
ou seja no fim de mim... quem me lia colocava me dentro de uma velha caixa, com coisas carinhosas que recebera de alguém especial num dia qualquer.
quero acreditar que fosse lida pelo menos mais uma vez ....talvez quando a saudade viesse.

Monday, March 16, 2009

já descobriram ou não???

a quem pediu uma ajuda..cá vai ela...molas da roupa!


agora já sabem quem sou!

só uma perguntinha...era assim que me imaginavam???ou fui uma decepção???


quem acertou logo confesso que fiquei babadissima..obrigada por me lerem e já me conhecerem tão bem!

e então descobriram??

Sunday, March 15, 2009

noticía de ultima hora

Amanhã, dia 16, a Vela está no Jogo Duplo na RTP1 às 21h 36m.
Será que vão conseguir descobrir das 3 mulheres qual é
as velas ardem até ao fim?

O Rapaz do Pijama às Riscas

a história de Bruno, um rapaz de nove anos, filho de um militar nazi, que certo dia ao regressar da escola descobre que as suas coisas estão a ser empacotadas, pois o pai foi promovido e como tal toda a família terá de ir viver para uma nova cidade. longe dos amigos e da cidade que sempre conheceu, vê se a viver numa casa isolada, sem ninguém com quem brincar nem nada para fazer. a nova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas.
Bruno adora explorar, e desobedecendo às ordens do pai e da mãe, decide descobrir até onde vai a vedação. é então que encontra um rapazinho, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo…


E assim se passa o final da tarde de domingo...

em lágrimas.

Wednesday, March 11, 2009

hoje não tenho palavras

only love can leave such a mark
But only love can heal such a scar
[magnificent-U2]



hoje não tenho palavras.não tenho sorrisos.não sei.é que não tenho mesmo.as palavras, talvez por momentos, fugiram de minha necessaria e persistente vontade de as ter só para mim. ter palavras para mim é como deter o tempo.o mundo.vontade de ter.
nestes momentos o coração fica aos pulos. de coração tem pouco.no fundo, bem no fundo de mim, é cor e acção[coração] juntos num único corpo pulsante, cheio de vozes e silêncios misturados com o sangue das veias que ainda tenho. pequenino mas já esquartejado. como um pedaço de carne. uma carne que já cheira mal mas ainda pede para ser ouvida. sem resposta. o meu coração é de um vermelho esbatido e de formato estranho. está em pedaços ainda que inteiro. ou esteve inteiro, por pouco tempo, muito pouco tempo e se reduziu a pó.porque?talvez porque as pessoas que por mim têm passado, trespassem sem que nunca tenha sido possivel dete las e por isso se tornem apenas fragmentos dispersos na minha vida.como as palavras que hoje não tenho...
mas é bom brincar com as palavras. com elas fazer jogos. é desafiar me a mim mesma. escrever muitas palavras soltas num papel e tentar fazer delas uma frase, dando lhes ordem, dando lhes sentido.mas será?que mesmo que dando uma ordem às palavras, estas ganham necessariamente um sentido?ou será que tenho o dom de fazer exactamente o contrário, deter o sentido. loucura? no meio destes 34 anos de vida já perdi muitas histórias e poemas e ganhei demasiados gritos e escaras neste mundo.hoje não tenho palavras.

Sunday, March 08, 2009

[al berto]

aqueles que têm nome e nos telefonam
um dia emagrecem - partem
deixam-nos dobrados ao abandono
no interior duma dor inútil muda
e voraz

arquivamos o amor no abismo do tempo
e para lá da pele negra do desgosto
pressentimos vivo
o passageiro ardente das areias - o viajante
que irradia um cheiro a violetas nocturnas

acendemos então uma labareda nos dedos
acordamos trémulos confusos - a mão queimada
junto ao coração

e mais nada se move na centrifugação
dos segundos - tudo nos falta

nem a vida nem o que dela resta nos consola
a ausência fulgura na aurora das manhãs
e com o rosto ainda sujo de sono ouvimos
o rumor do corpo a encher-se de mágoa

assim guardamos as nuvens breves os gestos
os invernos o repouso a sonolência
o vento
arrastando para longe as imagens difusas
daqueles que amámos e não voltaram
a telefonar.

Saturday, March 07, 2009

mensagem para Budapeste

Feliz Aniversário


Zé Luís!

Nenhum caminho é longo demais quando um amigo nos acompanha.

(o bolo é azul pq o moço é um portista ferrenho!!!

ninguém é perfeito)

Friday, March 06, 2009

e as mentiras são:

3
eu detesto cozinhar. tachos, panelas, frigideiras, serviços vista alegre, copos xpto, faqueiros de prata...são para mim perfeitamente dispensaveis.o meu fogao tem um tabuleiro em cima no qual arrumo algumas cenas de comer(tipo bolachas, a caixa do café, os meus chás preferidos, garrafas de vinho...)a minha amiga Sofia diz que nunca viu nada assim..eheheheh!!!depois sou uma naba a cozinhar..faço cenas basicas mas até essas me saem mal...não nasci para andar de panelas nas mãos mas sim de copo de um bom vinho tinto alentejano!na cozinha apenas utilizo o microondas para aquecer a sopa, o meu jantar de todos os dias, que a minha mãe faz e me oferece quando lá vou a casa ao domingo. são tou má, mas tão má na cozinha, que na festa de Natal do ano passado aqui em minha casa decidi fazer uma surpresa aos meus amigos..assar um chouriço para petiscarem quando chegassem...só que fiz no grill do microondas...claro que não houve chouriço para ninguém (não sabia que tinha que picar ou dar cortes no coitadito e ele dava saltos brutais lá dentro), o aparelho electrico ia ardendo e a casa ficou cheia de fumo até eles chegarem.
7
não consigo simpatizar com este animal.deve ser o unico do qual não gosto(detestar foi uma palavra muito forte).nem consigo saber se não gosto porque acima de tudo morro de medo de macacos.no jardim zoológico nem sequer me aproximo. um dos momentos de sofrimento da minha vida, foi visitar o Rochedo de Gibraltar, a maior parte do rochedo é uma área de reserva natural, onde vivem cerca de 250 macacos completamente à solta...pensei que morria...pior ainda foi quando a visita acabou e ao chegar ao carro estar lá um macaco calmamente a olhar a paisagem.se não morri nesse dia com os nervos é porque vai ser dificil eu morrer tão cedo!acreditem que o dia acabou pouco simpático para mim e para o meu companheiro na altura!(ok, discutimos!mas depois acabou tudo bem numa taberna espectacular em Tarifa..saudades das almondegas de atum...).deve ser um problema psicologico!
9
detesto touradas.simplesmente,não vejo.trata se de violencia e não de espectaculo.para mim um espectaculo, seja ele qual for, dá prazer e este só o dá a uma das partes, o homem.narcisismo, prepotência e cueldade. na tourada não estou de nenhum dos lados por abominar qualquer tipo de violência, principalmente com os animais,que são seres indefesos ,porque por mais que sejam fortes,o Homem leva vantagem por ser racional.na minha opinião a tourada é uma cobardia,pois o touro não está lá porque quer estar.não faz parte de mim ver fazer mal seja a quem for, pessoa ou animal, e assistir sem me revoltar.respeito quem gosta mas não compreendo.a unica tourada que gosto é a canção do Fernando Tordo, que é divina!

Thursday, March 05, 2009



hoje estou feliz.não, muito feliz! fiz uma amiga chamada Catarina!

Wednesday, March 04, 2009

jogo


A Eu mesma! desafiou me a propor vos um jogo, escrever nove coisas sobre mim sendo que dessas,três são mentira.Depois é só tentarem descobrir quais são as mentiras.


Siga o jogo!Aqui vão as minhas verdades/mentiras:


  1. Adoro nadar
  2. Detesto comer pescada
  3. Adoro cozinhar
  4. Detesto filmes de ficção ciêntifica
  5. Adoro dormir
  6. Detesto a minha vizinha do 1ºandar
  7. Adoro macacos
  8. Detesto beber água
  9. Adoro touradas

agora a ajudinha...

fiz o teste da loucura e vejam o resultado!





Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia


agora a vossa vez de jogar!
Ou desistem e perdem já o prazer de saber no próximo post as minhas mentiras!

Monday, March 02, 2009

a lagartixa e a menina-o final

lembram se da menina do vestido amarelo cheio de folhos...sim, a que está lá em baixo!

tenho novidades!ouvi dizer que anda muito em baixo.

mas como é curiosa percebeu que se assim continuasse ia perder o que acontecia um pouco mais acima da relva.e a menina quer conhecer o que há acima dela..

vai daí vestiu se a preceito, um lindo vestido branco cheio de bolas e foi apanhar flores...não esqueceu a amiga lagartixa mas principalmente vai deixar ouvir a música que dentro da cabeça dela sussurra constantemente: a vida faz se caminhando!ao som dessa música ela dançará até se soltar.

a menina foi ganhando cor de dia desempoeirado....foi isso que a ajudou a viver um dia de cada vez...isso e a sua curiosidade por saber o que a vida de bom lhe dará!

de tanto sentir a música na sua cabeça

a menina sempre que a sente...dança.


e nessa dança se faz levar.leve por ser o seu próprio par...

mesmo errando nos tempos e nos passos...sem ritmo até.

a menina continua a dançar e preenche a grande sala da vida!