Thursday, April 16, 2009

estou na minha sala.amarela.para quem não a conhece.sentada no chão a escrever neste simples portatil.penso e penso mas não chego a lugar nenhum. a não ser estar na minha sala. sim na minha, porque não é a de cá de casa...afinal apenas aqui estou eu. e o simão que já dorme.
penso tantas mas tantas coisas, como se escavasse a minha mente para ver se aproveito algo de bom..ups não encontro nada. vazia, limpa.procuro ainda pensamentos soltos mas também não encontro nenhum. loucura.
quero gritar, mas não consigo. nem angustia sinto.
a ausencia de som tomou conta dos meus pensamentos.desato a correr.nao na sala mas dentro de mim. mais uma vez, com esperança de achar algo e ..... Encontrei!
fiquei tão feliz!mas nem me dei conta do que era.só ter encontrado algo já me alegra. olhei com calma, afinal eram só lacunas! nada estava presente.
eu volto a estar perdida dentro de mim ...não sei quem sou neste momento. sentindo-me dormente. o meu pensamento esquece o pensamento meu.
a minha alma não tem alma. será que existo?se existo é um erro que eu não quero saber. essa sensação ao acordar de mais um dia na vida de um erro.sinto que não sei. nada quero nem tenho nem recordo. como um lapso de consciência entre ilusões.os fantasmas que me limitam e me contêm um dia pode ser que me abandonem e me deixem voltar a ser quem era. entretanto, durmo no coração de ninguém.

Porque não estás aqui, era a sua pergunta sem destinatário concreto ou conhecido, feita ao vazio e no vazio, na consciência de que nunca ninguém estaria ali, de que ali nunca haveria ninguém para vir ter com ela num tempo menos efémero, que a sua ruptura da noite teria de se fazer como até então, ao sabor das fomes repentinas e de encontros avulsos, de insatisfações permanentes e de aventuras sem compromisso, de fulgores precários e de breves epifanias como as do fogo-de-artifício a enrendarem-na no fio de Ariadne interminável que ela assim desenrolava no seu próprio labirinto e nunca a nada poderia prendê-la e nunca a ninguém haveria de indicar qualquer espécie de caminho que lhe dissesse respeito.[Vasco Graça Moura]

32 comments:

Abobrinha said...

Linda

"A vida de um erro" é um bocadinho forte demais, não? Toda a gente comete erros e toda a gente merece uma segunda oportunidade. Toda a gente tem ilusões e fantasmas. Toda a gente os vive a dada altura... mas isso passa! Mas tens que sair deste estado de espírito e agarrar-te a pequenos nadas que fazem muitos "muitos" para voltar a sorrir e a pensar em coisas reais e boas.

Se precisares de ajuda, diz. Mais que não seja, passa no meu tasco, porque escrevi dois posts do mais parvo possível. Não se aprende nada, mas ao menos dão para rir!

Eu Mesma! said...

Um beijinho muito grande de bom dia minha linda :)

Fenix said...

Vasco Graça Moura é ALGUÉM!
Bem citado!

Mas olha, não gosto nada de te sentir triste. A não ser que estivesses apenas a "divagar".

Estou convencida (a vida tem-mo provado) que tudo tende para o equílibrio. Se estás a ver tanta coisa triste, olha noutra direcção que de certeza encontras o contraponto. É apenas uma questão de estares atenta e olhar na direcção certa. Esquece a solidão e deixa entra a companhia. Já passei por isso. Estava tão concentrada a "lamber as feridas" e a sentir-me sozinha que não via muito boa gente a olhar para mim e ansiosa por uma oportunidade para me "abraçar". No fundo para me dar aquilo que eu precisava, mas estava com tanta pena de mim que ignorava os outros.
Sai da sala amarela, vai buscar alguém e partilh-a, abre-te para o mundo, deixa-o vir até à tua sala, até ti.
Podes errar e deixar entrar alguém que depois tens de mandar embora, mas no entretanto estivés-te acompanhada e aprendes-te.
É pior não tentar do que tentar e errar. Com os erros aprende-se, com a quietute morre-se.
Sofremos com os erros e com as más decisões mas o que não nos mata torna-nos mais fortes e é preferível uma má decisão do que decisão nenhuma.

Estou prá aqui a divagar e a dizer uma data de coisas que me viéram à cabeça por causa do que escreves-te e do que eu senti ao ler. Se calhar nada se adequa a ti..., mas ao menos tentei..., foi com boa intenção..., estou a por em prática o que digo..., mais vale uma má decisão do que decisão nenhuma..., mais vale tentar ajudar-te com algumas palavras, mesmo que não acerte uma, do que nem tentar e ficar triste ao pensar que sofres e eu podia fazer algo e não fiz.

Beijinhos
Sê feliz!
com :-)))

São

Maria said...

Velinha

À hora a que escrevias este post eu anda (ainda) por aqui. Podias ter-me telefonado... :)
Quero acreditar que este teu estado de alma é ainda o resto do problema de brônquios que tiveste. Vai passar.
A via é linda de ser vivida.

O teu texto é fantástico.

Gosto de ti e deixo-te um beijo

Teresa Durães said...

por vezes parece que a alma nos abandona e tudo o mais perde o sentido e a vontade dessa vida. por vezes...

Su said...

a minha alma não tem calma........


jocas maradas de amarelo

IandU said...

A Vida é um erro se a tornarmos assim pela nossa mente. Depende de nós alimentarmos a mente como queremos!

Beijinhos

A said...

Faz por viver um pouco nessa Terra dos Sonhos do nosso Palma...

Podes ser mesmo quem quiseres, não busques os fantasmas e os demónios que tens dentro de ti. Acredita que todos os temos. Esquece o que te dizem sobre o amor de um homem ou de uma alma gémea, todo esse amor não é mais importante que o Amor de todos os teus amigos e familiares, e é sobrevalorizado na sociedade em que vivemos. Não esperes por quem não existe, não esperes demais de quem nada te dá.

Olha para dentro de ti.
A sério.
Duvido que não haja alma dentro dessa alma que despes nas tuas palavras.
Olha para ti. Pensa que o amanhã não é deve ser vivido em repeat mode, que nunca é igual, não cometas os mesmos erros, dá-te a oferenda de viver um dia de cada vez, porque é a única coisa que temos.

As segundas e terceiras oportunidades somos nós quem as damos a nós próprios. Eu já vivi sete vidas minha querida, acredita em mim. Fui ao fundo e voltei. E voltei mais forte na última vida. Basta Quereres, a sério, querer com muita força.

A vida é uma dádiva, I.
É preciso morrer um pouco para nos encontrarmos dentro de nós mesmos.

Pareces ser uma pessoa muito especial e muito frágil, mas não mais frágil do que a grande maioria das pessoas que passa ao lado das próprias feridas e cicatrizes, pois todos sofremos, mas nem todos lidam com a dor da mesma forma que tu o fazes.
Além disso, sei que és mesmo alguém especial, mas que se anula por não ver quem é na realidade.

Distingues-te pela verdade e a crueza dos mais fortes, encaras a dor de frente. Isso significa uma alma imensa cheia de coisas boas para dar. E uma força imparável à espera de acontecer.

Acontece, I. Faz-te esse favor a ti mesma. E ao mundo.

Beijo muito grande

S* said...

Fico contente por ti. A procura daquilo que nós somos é uma luta que nunca acaba.

Bloguer natural disaster said...

Vela
Basta olhares para o teu blogue com atenção, passares os olhos pelas pessoas e amigos que por aqui passam para respirares fundo e deixares uma lufada de ar fresco entrar. Tens muitos amigos e pessoas que te querem bem. Não estás sozinha e isso ve-se bem :) Melhores tempos virão! Beijoca grande

pn said...

estar acordada no coração de alguém que somos nós todos.

abracinho.

Maria said...

Sou tão (a)normal; não agradeças. Agradeço-te, eu.

Porcelain said...

O nada é muito interessante... na vida há ciclos, e ao nada segue-se alguma coisa... às vezes provoco o nada, só para depois poder ter alguma coisa... mas mesmo assim, tenho medo de ficar presa no nada... já fiquei uma vez... a alma às vezes foge... a minha às vezes foge quando eu a torturo muito com dores... mas volta depois, volta sempre...

Assusto-me um pouco quando olho para dentro de mim, da minha alma, e não sinto desejos... logo ela que quer sempre alguma coisa... mas costuma ser sinal de que os desejos outrora desejados estão prestes a realizar-se...

...vão-se embora porque estão prestes a ser realizados... :-))

Beijoka!

Noiva Judia said...

Às vezes também tenho desses momentos de vazio e de me sentir perdida. Mas felizmente sei que passam, assim como tudo. Nenhuma situação, por mais difícil que seja, merece que ponhamos em causa se vale a pena continuar a viver. Tal como outras pessoas aqui já disseram, dá um pulo lá no meu kibutz. Bem sei que ultimamente tenho tido alguns posts mais "depré", mas sempre vai havendo alguma parvoeira pelo meio. E hang in there ;)

Lu.a said...

"Mais um dia na vida de um erro"... Óh Velinhas...!

Matilde Cê said...

tu conheces a catarina?
Calculo que não esteja muito bem.

Um abraço *

Anonyma said...

Uma sombra passou por aqui hoje.
Que se desvaneça rápido.

(O Simão é um giraço...)

Baila sem peso said...

Esse coraçãozinho vermelho
dentro de tanto gelo
só espera com jeitinho
um carinho p´ra aquecê-lo...

e nestes "passinhos" das gentes
que por aqui te visitam
tens tu, todo esse zelo!
aceita esses "presentes"
e verás que melhor te sentes!

bjinho

a said...

Um erro? Não creio!

Que venha um vento e espalhe essa nuvem.

* said...

Velinha
Não viver é que é um erro!
beijo grande

Carracinha Linda! said...

"Será que existo? Se existo é um erro que eu não quero saber."

Não penses assim! Eu bem sei que por vezes a vida faz com que a gente se sinta vazia e inútil, mas cabe a nós provarmos o que valemos. E se procurares bem dentro de ti verás que de certeza as coisas não são bem assim.

Beijoca grande para ti!

e uma festinha ao Simão! :D

Mocho Falante said...

Também eua andava agora À deriva, sem rumo perdido no meio de um nada e eis que descubro um blog fabuloso

parabéns

Rain Sister said...

Beijo muito grande

Anonymous said...

Logo logo te encontras num caminho bem melhor veras ;)

Beijinhos e bom fim de semana

José Manuel Dias said...

Abrem-se caminhos caminhando...

V. said...

entretanto, durmo no coração de ninguém.esta frase ficou... e jorge palma... muito bom! :) *

Anonymous said...

Vela há dias e dias. entendo cada palavra tua.
O estar sozinha não é falta de companhia, é um vazio que nos envolve.
O simão é cá um dorminhoco! A minha Cocas também fica por aqui mas vai tirando uma soneca. :)

Apesar do vazio, apesar de pensares que estás sózinha, não estás eu estou sozinha muitas vezes no meio de muita gente...

Um beijo
ah! do teu blog ao meu é um pulo, quando te sentires só parece lá por casa, ou chama-me que eu venho ver_te.

Deixo-te aquele abraço que manda a solidão embora.
Sentiste?
:)

impulsos said...

velas
Não me vou alongar muito, até porque outros já o fizeram. E qualquer coisa que te dissesse no sentido de te fazer sentir mais confortável e acarinhada, seriam apenas e só, mais palavras...
Por isso lembrei-me de um poema meu, que um dia escrevi e o fui buscar para te deixar aqui:

Há momentos
Em que um abraço
Vale muito
Muito mais...

Mais do que qualquer fortuna!
Porque a verdadeira riqueza
Está na simplicidade
De um abraço
Naquele momento...
... em que a alma mais precisa!
Beijo terno

PS. E gosto muito desta tua salinha amarela.

poca said...

um beijinho...

chrysaliis said...

Passei esvoaçando só para te deixar 1 beijinho.

nat. said...

Gostei da tua Sala amarela!
:)

BEijinho

izzie said...

Só posso dizer que apesar de outros acharem forte "demais", eu não poderia concordar mais e sentir tão bem (e sentir-me tão bem) nesta tua salinha amarela... agora que cá entrei, acho que tão cedo não saio.

Beijinho,