Wednesday, January 24, 2007

E se falessemos de amor?

E se falessemos de amor?
Amar implica entrega e dedicação mas se estivermos a falar de uma criança implica ainda empenho na "construção" de um ser munido de carácter.
Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.
Quando se fala de uma criança, falam se de noites mal dormidas, de telefonemas das escolas que poe o coração aos pulos, das primeiras gracinhas e de os ver crecer mas também se fala de cuidados na alimentação, saúde e higiene.
Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.
E falamos de mimos.Beijos e abraços!Reinventa se todos os dias a ternura.
Estou a falar de amor, do mais puro que existe....amor entre pais e filhos, biológicos ou não....
Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.
Já perceberam que falo da Esmeralda.Sim todos falam no que a rodeia menos nela.
Fala se da mãe brasileira que a deu ao casal Gomes (sim o pai é o militar preso), de um pai por acaso que não quis ou não soube sê-lo no tempo devido.O casal Gomes esse entregou se a essa criança abandonada, num acto de desespero um de amor, quem sou eu para julgar, e concretizaram o sonho de ter uma filha.
Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.
Esmerada, a menina, cresceu, tem agora 5 anos, embalada pelo amor de uma familia.Continua junto da mãe que não lhe deu ventre mas COLO e AMOR. Mas afastada do pai que se encontra preso, por ter cometido o mal maior de ter amado...........

Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.

A menina essa todos os dias pergunta pelo pai....mas isso que importa...quando nada se sabe sobre Amar.
Os Gomes continuam a sua luta. Para mim justa, legitima e autentica.

Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.

O mais triste é que parece ser chocante para alguns que se lute por um amor maior.Chocante para mim é saber que existem crianças com fome, que sofrem atrocidades nas mãos de quem os trouxe ao mundo. Chocante é a adopção em Portugal.Chocante é ver crianças anos a fio em instituições.

Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.


Pois é...

Não sou mãe mas não ando neste mundo apenas por andar...

Ok, podem dizer, aqueles que de Direito percebem, que eu nada percebo.Concordo, não é a minha área de formação mas tenho uma coisa poderosa..... CORAÇÃO...e este é do campo dos sentimentos...serve para amar.

Para mim não há nada de nobre em amar um filho, antes é inevitável que assim seja.Estamos a falar de Um amor Maior!

Contranatura é o contrário.

Acabo como comecei...

E se falessemos de amor?

Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.




26 comments:

Anonymous said...

um caso terrível esse!!!






beijo e obrigada por todo o carinho!


B.
_______________________

Anonymous said...

Vou reler. Bjinho.

joaninha said...

assino por baixo... tens toda a razão do mundo! é mal amar um filho? é bem tirarem a criança das pessoas que lhe deram amor???

Anonymous said...

Uma vergonha.
Vergonhosa e lamentável decisão da juiza encarregue do processo, embora, a lei seja assim mesmo. Não se compadece com sentimentos, não se rege pelo coração ou pelo que é justo.
Justiça não é, realmente, sinónimo de justo.
beijo

Anonymous said...

A justiça em Portugal é cada vez mais interesseira, mas nunca dos direitos dos justos!
Infelizmente ninguém pensa na Esmeralda, porque se o fizerem verdadeiramente, é óbvio com quem ela deve ficar: com quem lhe dá amor!
Bela reflexão! Bjs!

Eva said...

Acho que o importante aqui é mesmo isso, com quem a Esmeralda escolheria ficar? há dúvidas? penso que não!

Cusco said...

Obrigado pelo simpático comentário! Por vezes a vida inspira-nos e os amigos mesmo que virtuais também.
Quanto ao teu tema de hoje aconselho a todos que leiam a revista visão que pelo que me apercebi trás um excelente artigo sobre o assunto:

"A VISÃO revela todos os pormenores do caso que apaixona Portugal:

- A reconstituição, passo a passo, da entrega da bebé, pela mãe biológica, aos pais «adoptivos»

- A história de vida de todos os protagonistas envolvidos

- As razões do pai biológico

- O enredo judicial (com o acesso ao processo)

- As soluções possíveis

Esta semana, na VISÃO"

Até breve
SE DEUS QUISER

maria josé quintela said...

um beijo.

asdrubal tudo bem said...

1º Parir é dor mas criar é amor e dor. é a dor que sentimos com todas as desilusões, dores derrotas e sofrimentos que os nossos filhos sofrem ao longo da vida.

2º Acho que a principal culpada é a mãe biológica. tratou muito mal do assunto desde a 1ª hora e acho que há muita informação mal prestada pois segundo entendo o Pai biológico logo que foi reconhecido pelos testes de ADN que era o verdadeiro Pai requereu a custódia da filha portanto calculo que isso tenha sido alguns meses após o nascimento da criança logo a 2ª principal culpada é a nossa justiça que funciona mal e porcamente.

3º Há três vitimas. a principal a criança . isto porque os tribunais funcionam mal e porcamente. a segunda vitima são os Pais de acolhimento e finalmente (caso as coisas se tenham passado como descrevi) é o Pai biológico.

4º quanto à mãe biológica se o meu pressentimento estiver certo fez a cama onde se deitou e nada mais.

Unknown said...

Pois é!
É sobretudo muito triste um tema destes no século XXI, ser capa de jornais, abertura de noticiários, ser tema de programas, enfim, isto é que eu acho muito triste. A par disto tudo, muito triste também, é continuarem a ser abandonadas, a passarem fome, a serem maltratadas crianças.
E ainda, e igualmente muito triste, é sermos um povinho muito ‘inho’, que continua a praticar a ppolítica do ‘deixa andar’, do ‘amanhã logo se vê’, e é precisamente esta atitude que levou esta situação a tomar as proporções que está a tomar.
Ora vejamos, a criança foi para as mãos do casal Gomes em 2002, com poucos meses de vida, com o acordo da mãe, facto registado em notário. O pai biológico, apesar de apontado pela mãe, era dado como incógnito, e não oferecia qualquer obstáculo, à adopção da menina por parte do casal gomes.
Perante estes factos, porque razão não foi desencadeado por parte do casal gomes, junto da segurança social, o processo da adopção plena, ainda mais pelo facto de, pelo que julgo saber, estes casos são de resolução facilitada.
Porque razão deixaram, o casal gomes, passar tanto tempo, até, sem se saber bem porquê e por quem, ter dar entrada no tribunal, um pedido de confirmação de paternidade na pessoa do pai biológico.
De que forma é que o casal gomes pretendia inscrever a miúda na escola, só com um papel, que apesar de estar registado no notário, não era válido para coisa nenhuma, bem se calhar até conseguia matricular a moça, mas só porque estamos em Portugal.
Esta estória está muito mal contada, para mim claro, que me dissocio do aspecto sentimental, pois considero que o amor que devemos ter pelas crianças, como dizes muito bem, não tem nada de nobre, é inevitável que assim seja, e debruço-me sobre os aspectos práticos da vida.
Então não deveriam eles ter concentrado as suas energias na adopção, garantindo assim um futuro estável à miúda, evitando desta forma futuras complicações, que é precisamente o que está a acontecer?
Olha sabes, para mim é tanto mau o pai biológico que negou a paternidade, como este que apesar de alardear um amor imenso, que não duvido, teve um comportamento negligente, ao nãolegalizar a situação da criança, e por esse facto, está agora a colocá-la numa situação de perigo.
No fundo quem sofre com isto tudo é a criança, e isso é eu é inadmissível, para mim, sejam os culpados quem forem.

:|

Beijocas

Anonymous said...

Olá!

Sim... o amor. Já assinei aquela petição.
Falar de amor? Faço-o todos os dias com os meus filhos, com o olhar, com os gestos, com os pensamentos. O amor por um filho não é algo de pré-concebido. Evolui todos os dias, cresce hora a hora. Não é um processo acabado com o nascimento, com a primeira mamada... ser mãe é muito mais...é todos os dias pensares primeiro neles, segundo neles, terceiro em ti, é estar pronto a perder a liberdade... a dar a vida, porque ela de nada serve sem aqueles pequenos seres que tu geraste e cujo amor desenvolveste dia-a-dia...

Bjs. Boa semana.

Anonymous said...

Claro que falar de amor é das melhores coisas do mundo.

Anonymous said...

E se não falássemos?...Silencio, just.

____________________________...

bj

Anonymous said...

não li tudo porque ainda não consigo. sou mãe parindo errando e dando. e acertando.

parir é o mais fácil. são só umas horas.

ser mãe é todos os dias até ao infinito. a noção do infinito é esmagadora. o que torna difícil a tarefa. naquilo em que nos sentimos impotentes. adoro ser mãe. mas também gosto domeu silêncio. tu que tens um cão sabes como é uma parte. um ser vivo nas tuas mãos. sempre. dependente.

jocas

... said...

Olha, eu já vi capas de jornais com um militar preso e ouvi falar qualquer coisa disto, mas nunca liguei.
Sinceramente foi ao estado a que cheguei. Não sei se é por já não acreditar, por não querer acreditar no que oiço tantas vezes, se é porque não quero ver, ou por falta de tempo.
Sei que penso como tu.

Pelo que li, pus-me a pensar no aborto.

Então deixa ver se percebi. Tentam resolver um problema que adectará para sempre a vida da Esmeralda, dos Gomes e dos pais biológicos. Os tais que se calhar não os deixaram abortar.

Nunca tinha ouvido a frase que tanto repetiste, mas é das mais lindas e verdadeiras que li. E acho que o amor compensa a dor.

Thiago Forrest Gump said...

É preciso cuidar das crianças, pois essas representam o futuro de cada nação!

Abraços

Anonymous said...

Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.

...e abençoado seja quem é capaz de amar assim...
Quantas crianças existem nesse mundo com o olhar vazio de tudo...
...nem conhecem o amor, só a dor????

É um caso que nos faz pensar!!!
Onde vivemos??
Como vivemos???

...

Sempre ouvi dizer que parir é dor e que criar é amor.

até breve

Estranha pessoa esta said...

Velinhas ainda hoje no café a maltinha falou nisso.
Ninguém compreende.
Até se falou de uma rapariga que matou o namorado e a pena dela é a mesma que o pai desta miuda.
Não se compreende.
Não se compreende mesmo.
Penso que já tudo foi dito.
E nunca ouvi ninguem a favor de toda esta situação.

Abraço grande para ti de sentires.

Estranha pessoa esta said...

Esqueci de te dizer que, a frase que tanto repetes é de facto isso.
Nunca tinha ouvido.
MAs, é mesmo isso. **

Giorgia said...

sou jurista, mas também tenho coração! Talvez consiga ler de uma forma mais objectiva esta situação, porque estudei e infelizmente o que está errado, não é a decisão do juiz, mas os mecanismos legais que obrigam o juiz a não ter grande alternativa na hora da sentença... sou jurista, mas não sou insensivel nem desprovida de emoção... como toda a gente neste pais tenho uma opinião e acredito no que é melhor para esta criança...

Anonymous said...

muito boM!

Anonymous said...

Sinceramente subscrevo no abstracto o que dizes mesmo quando penso que amor pode, também, ser dor. Mas tenho muitas reticências face ao caso em debate. E ainda estou a investigar. Tenho que o pai biológico NÂO SABIA que era pai. Logo isso, altera tudo. E chama-lhe instinto, o sargento não me convence. E sei como as adopções em portugal são um negócio rentável...e obscuro. Não se apoiam famílias carenciadas. Tiram-se os filhos aos pais para serem adoptadas por quem pode e sabe... Ando a digerir, a tentar perceber, a tentar não entrar em campanhas de manipulação emocional. Racionalizar. Sinceramente, não sei. Bjinho, bom fim de semana.

Anonymous said...

Bom fim de semana.

Pierrot said...

Sou advogado e como tal, reconheço que talvez veja esta questão de uma forma um pouco diferente do que os outros que não têm qualquer ligação com o mundo do Direito.
Não obstante, e apesar de ter ouvido atentamente noutro dia o representante do sindicato dos magistrados e de até lhe reconhecer razão sob o ponto de vista exclusivamente legal e formal, ainda assim, para graduação da pena há que contar com os factos subjectivos. E segundo estes, o pai candidato a adopção nunca manifestou uma data de comportanmentos volitivos ou outras questões que pudessem configurar o tipo legal de sequestro, pelo que, uma pena suspensa seria, quando muito e na minha opinião, a mais adequada.
Bjos daqui
Eugénio

Maariah_r said...

Assunto controverso sem dúvida, ao qual me é difícil expressar a minha opinião, Não consigo ver os bons e os maus. É verdade que o principal é o bem estar físico e psíquico da criança. Mas infelizmente poucas pessoas se preocuparam verdadeiramente com isso.

Sugiro a leitura de dois post do Blog “Da literatura”:
http://daliteratura.blogspot.com/


O Post “ler ajuda a perceber” publicado em 22 de Janeiro de 2007 que nos leva até ao Acórdão do Tribunal de Torres Novas, e o post “Citação 59” publicado em 25 de Janeiro de 2007.

Independentemente de tudo e como sabemos que cada caso é um caso, a frase que repetes não deixa de ser interessante.

just me, an ordinary girl said...

Sou mãe e posso confirmar essa frase: parir é dor, criar é amor.
Quero dizer, foi assim e é assim comigo!
Mas parece que nem a todas parir dói e parece tb que nem todos criam com amor.

Quanto à Esmerlada, admito que neste momento não sinto admiraçao por nenhum dos pais, nem adoptivos nem biologicos. Emendo, admiro sim,a mae biologica que deu a filha para ser criada com condiçoes materiais e afetivas.
Os pais adoptivos, pelo que me apercebi, sempre recusaram o contacto entre a menina e o pai biologico. Com medo de a perderem?
Está errado, isso. Quem ama, nao se preocupa consigo mesmo mas com o objecto do seu amor. E não faria mal nenhum à menina conhecer e conviver um pouco com pai biologico.
O que eu nao concordo é com os pais , adotpivos ou biologicos, que querem ter filhos para primeiro que tudo satisfazerem os seus desejos de serem pais.
A partir do momento em que amamnos uma criança, ela está em primeiro lugar e nós, pais ou nao, em segundo.
Os pais adoptivos esconderam a menina do pai, sempre. Nem uma foto, lhes deram. Não posso concordar e chamo isso de egoísmo.

Neste momento claro que a menina nao poderia ser "arrancada" à familia adoptiva. Mas isso não os iliba dos erros que cometeram.
É só a minha opinião, claro.