Thursday, October 30, 2008

cada qual vê o que quer


obstáculo
fim de viagem
ou
nova oportunidade de crescer.
irritação
uma tragédia
ou
prova de paciência.
morte
fim
ou
começo de uma nova etapa.
ignorância.
teimosia.
compreeender as limitações ,
percebendo que caminhamos ao nosso próprio passo
e que é inútil querer apressar o passo dos outros,
ou andar num passo que não é o nosso.
cada qual vê o que quer.
eu sou do tamanho que vejo, e não do tamanho da minha altura.
Poema de Fernando Pessoa adulterado por mim

sugestão para o fim de semana


Lisboa vai acolher 2 iniciativas que juntam a diversidade dos sabores gastronómicos à degustação vínica, entre 31 de Outubro e 03 de Novembro.
As acções Encontro com o Vinho/Encontro com os Sabores 2008 (ECV/ECS) e o Gosto de Lisboa decorrem no Centro de Congressos de Lisboa (ex-FIL), sendo que no Domingo, dia 02, pelas 15h, o enólogo da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Bruno Almeida, orienta uma prova de Vinhos Verdes intitulada “100 anos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes em Corpo Fresco, Espírito Jovem”.


O Encontro com o Vinho/Encontro com os Sabores 2008 é uma feira de vinhos e gastronomia, que de 31 de Outubro a 02 de Novembro se dirigida aos consumidores e no último dia, aos profissionais da área.


Simultaneamente, decorre a primeira edição do Gosto de Lisboa, um evento gastronómico que reúne dez restaurantes de Lisboa, onde cada um apresenta propostas gastronómicas para degustação a preços de venda ao público entre os 5 e os 15 euros. Cervejaria Ramiro, El Corte Inglês, Eleven, Gemelli, Japa, Na Ordem com Luís Suspiro, Solar dos Presuntos, Terreiro do Paço, Vírgula e XL são os restaurantes convidados para a iniciativa.

A entrada para os dois eventos tem o valor único de 10 euros.

Monday, October 27, 2008


queria palavras para fazer explodir o infinito.
não sinto a luz.os sentidos faltam, não permitindo que beije a cor das folhas caídas deste Outono. não sinto doce há tanto tempo...
falta razão.sinto a loucura, tateio a vida, tropeço em erros, desfaço sonhos e escorrego em ilusões...às vezes.
a sensibilidade não me foge mas queimo me com ferro quente e apanho rosas picando me nos espinhos.um dia furo e sigo.
erro.sei que a minha intensidade mata.tanto caiu às gargalhadas, como contruo um mar de lágrimas, rebento o coração, entrego a alma.sem tostão.
falta me o empurrão.sigo arrastada, suporto o mundo nas costas e dou os braços à solidão .peso de toda a decepção.
sigo alienada, sem olhar o objectivo do ideal, admirando o inútil e convivendo com a carência.às vezes.
ando sozinha, sem pressa, olho para dentro, oiço os meus próprios problemas, controversos, procurando soluções.às vezes. a amizade.é só saudade.desconforto. o contacto com o colo dela ou o ombro dele.estranha companhia.
queria sentir me segura e calma.às vezes.talvez seja o amor que me falta, mas há que confiar no acaso.

Wednesday, October 22, 2008

um poeira 2002

silêncio.na mesa uma quietude.triste e frouxa.o primeiro copo bebido foi de cerveja. uma espécie de cimento fresco para o ardor de quem gosta de vinho. saí. está tudo muito cheio.de gente.de vazio. o ar não se respira.nas mesas, o vinho tinto encorpado é de um escuro sólido. o vinho branco, cristal na transparência verde da uva. a água, essa condensava, sem piada e pesada.
lá fora corre o tempo de um outro mundo.um mundo que não quero meu. daqui onde estou vejo olhares vagos. não há sorrisos. as bocas não têm expressão nenhuma. os gestos são cenas do cinema mudo. fazem-se movimentos com os lábios. pessoas abrem os braços. asas inúteis para voar.
vejo o silêncio.incolor.vou para casa.
na minha sala abro um Poeira de 2002.pego na rolha de cortiça e levo ao nariz a sentir o vinho. tinto.sinto o aroma azedo de madeira molhada.uma cor rubi, corpo redondo e consistência aveludada na boca. pela maciez e suavidade, diria que fora convenientemente envelhecido.guloso.belissimo. os meus olhos brilham. um abrir-e-fechar de olhos.
e bebo.bebo, bebo, bebo.....
agora sim consigo ouvir me respirar.bebo.




“Dá-me vinho, porque a vida é nada"
Fernando Pessoa

Sunday, October 19, 2008

mulher


"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem."
Lya Luft

Friday, October 17, 2008

ao meu cão Jimmy(12.07.1990-17.10.2004)

Descansa. Dorme. Que levo o teu nome no espaço do meu nome. Descansa. Não vou deixar que te aconteça mal. Não devia ter deixado que te acontecesse mal. Uma semana. A semana. Mas havia esperança (qual?! pergunto-me agora). A esperança. Só a esperança. Nada mais. Chega-se a um ponto em que só há ela e então...temos tudo. Depois não temos nada. Mais nada. Não te aflijas, sou forte, sou capaz. Sou mesmo. Reconheço-te, porque não te esqueci. O tempo é novo sem ti e sempre contigo. Não te preocupes, eu oriento-me. Gostava que agora, apenas uma pena inconsequente parasse a olhar para dentro de mim e após olhar....segui-se em frente. Mas não. ONDE ESTÁS? Que me deixaste a gritar, onde estás? Só! Estar só é muito mais do que conseguir dize-lo. Só. Gostava de te ver. Precisava de te ver. Mas não. Nunca mais. Nunca mais. Dorme. Foste tanto. Dorme. Eras um pouco imenso em mim. Descansa. Ficou a tua vida em mim. Ficaste todo em mim. Nunca esquecerei.
Texto copiado de Dorian Gray

Sunday, October 12, 2008

estou como o dia...está negro.


farta de mim
e
cansada dos dias.
se me olhar ao espelho acho que sou capaz de me bater.
a cabeça pede,
a alma também
um pouco mais de calma.
eu sei
que a vida não pára,
não pára!

Thursday, October 09, 2008

tic tac


eu...

será que amo? sinto raiva? rio ? choro ? penso? desejo?
eu...

tenho medo ?sinto me sem rumo ?passo o tempo a adiar a felicidade ?

eu...

e os meus sentimentos ?será que ponho debaixo do tapete as angustias ?

será que ignoro os momentos bons?

o meu tic tac consome o eu.

o eu que ainda tenho.

será que sei o que me faz feliz ?prefiro ouvir ? ou falar?
eu...
a querer mudar

e a não conseguir ser de outra maneira.

eu...
a certeza de que devo arriscar...
a dúvida se será sempre assim a minha vida .

o meu tic tac consome o eu.
o eu que ainda tenho.

incertezas...certezas...

tic-tac, tic-tac,
o tempo não para...
tic-tac, tic-tac,
o tempo não para...
eu...

tenho que ser feliz entre as brechas do tempo...
terei tempo ?
o meu tic tac consome o eu.

o eu que ainda tenho.



porque deixo de ir, porque os dias se sucedem, porque volto, porque tenho surpresas tristes, porque sinto, porque não tenho intenção de me magoar, rsrrsrss......

Tuesday, October 07, 2008

atchimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Tenho febre, dor de garganta, a cabeça pesa e o nariz não para de pingar...

Remédios caseiros como chá de limão ou aguardente com mel (claro que prefiro esta ultima...ups...o álcool, o álcool) fazem bem a estes estados gripais mas custa me tanto levantar do sofá, onde estou enroladinha numa manta, para ter que fazer qualquer coisa...

Amanhã volto...
Espero que melhor da gripe....
Espero que com melhor cara
Espero que mais feliz.
Amanhã volto...

Monday, October 06, 2008

2 em 1!


Hoje é segunda-feira e o Sporting perdeu...



Viva o Sporting !! E a mim que o continuo a apoiar!!

Friday, October 03, 2008

J de irmão

Claro que não beijei mas sabes que beijei: és o meu irmão João. Aquele a quem me une um silencioso princípio de vasos comunicantes. E com que alegria repito isto dentro de mim: o meu irmão João. O meu irmão João para sempre.
[Visão_António Lobo Antunes Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008]




Li , como faço sempre a crónica de ALA na Visão e emocionei me. Na sorte que é ter um irmão mas dos bons. Assim como eu tenho, um irmão presente, critico mas incondicional. Ah!E o meu mano também é J!
Nem todos tem essa sorte, uns porque os têm mas não sabem por onde andam, outros porque são únicos.Não invejo nenhuma das sortes...
Ao ter o MEU irmão sei que nunca estarei sozinha.Sei que tenho alguém que gostará sempre de mim. (Devem estar a pensar..também é irmão dela se ele não gostar quem é que gosta?!..)
Neste amor, o único no qual acredito em que há almoços de borla,onde existe quem nos quer ver bem se possivel melhor do que a si próprio e pelo qual eu morria.
Não trocava o meu irmão por nada nem por ninguém.
O meu irmão é quem eu mais gosto no mundo!
Não sei porquê mas tinha de escrever este texto...há coisas que têm que ser ditas
.